Os filtros infravermelhos são conhecidos por criar uma atmosfera diferente nas imagens, não importa o que você esteja capturando. É por isso que usar um filtro desse tipo para um lugar Chernobyl pode fazer com que as imagens desse cenário sejam ainda mais impressionantes. O fotógrafo Vladimir Migutin fez exatamente isso em sua viagem à cidade da Ucrânia que sofreu o infame desastre nuclear em 1986.
“Foi uma decisão espontânea”, disse Vladimir ao Bored Panda. “Eu nasci na Bielorrússia em 1986 (o mesmo ano em que ocorreu a catástrofe de Chernobyl), e, aos 5 anos, minha família saiu da União Soviética. Tenho boas lembranças da minha infância, e queria visitar alguns lugares em Minsk para ver como tudo mudou, além de ver alguns amigos que vivem lá. Então, a ideia de visitar Chernobyl veio à minha mente. Procurei na internet por grupos que visitam este lugar e tenham uma Licença de entrada válida. Encontrei um instrutor e um grupo da Bielorrússia que planejava uma viagem em uma data que eu estaria por lá”, contou.
“O único desafio que as pessoas têm ao planejar tal viagem é a sua superstição – que este lugar é realmente perigoso. Depois de escavar por alguma informação na internet, descobri que não é tão perigoso. Não visitamos lugares proibidos, onde os níveis de radiação são letais. De fato, o nível médio de radiação durante esta viagem foi bastante parecido com o nível de radiação em um vôo de 10 mil metros”, informou.
Vladimir disse que é muito difícil descrever a atmosfera do lugar, mas que é “como se estivesse em um tipo de paraíso – um sentimento que não me lembro desde a minha última visita a Kokedera (templo no Japão) há dois anos”.
Para a fotografia infravermelha e UV, Vladimir abriu a câmera e retirei o filtro de espelho que bloqueia os comprimentos de onda IR e UV, tornando-o assim a uma câmera “full-spectrum”. “Então, pedi filtros IR-Pass e UV-Pass para a frente da lente”, contou.
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