A Coletiva Rainha Kong faz temporada de “O Bebê de Tarlatana Rosa” no Sesc Pinheiros, entre os dias 16 e 25 de junho. As sessões acontecem no dia 16, às 19h, e nos dias 17, 18, 23, 24 e 25, às 20h30.
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Livremente inspirado no conto homônimo de João do Rio (1881-1921), o trabalho amplia o universo social construído pelo autor para discutir questões de gênero ao mesclar elementos da vida dos artistas, todes LGBTs, à narrativa.
A trama é ambientada no Rio de Janeiro do início do século 20, durante as noites de um Carnaval meio marginal. “Com o João do Rio, além de encontrarmos justamente esse ponto de vista queer, conseguimos falar de um Brasil em fase de transição. Aquele momento marcou o início de um processo de higienização no centro do Rio de Janeiro, com as pessoas sendo levadas para os morros. Ao mesmo tempo, construiu-se um ideal de cidade e de corpo que desprezava tudo o que não era europeu, branco e cisgênero”, comenta Jaoa de Mello, um dos integrantes do Rainha Kong.
No palco, todos esses aspectos se traduzem em um cenário enxuto, composto principalmente por uma caixa d’água. O simples objeto assume múltiplas representações, pois pode ser visto como um útero, uma tumba, o mar ou mesmo como um símbolo de limpeza.
A direção e a dramaturgia de “O Bebê de Tarlatana Rosa” são assinadas coletivamente pelo grupo. No elenco estão Aleph antialeph, Helena Agalenéa, Jaoa de Mello, Vitinho Rodrigues.