Onde você estava no dia que Amy Winehouse morreu? Se você tem a resposta na ponta da língua, isso indica que ela era como uma pessoa próxima. É assim que a gente lembra da eterna diva e do fatídico 23 de julho de 2011, dia em que a música mergulhou no luto.
Como ocorreu com tantos ídolos, Amy Jade Winehouse era uma pessoa emocionalmente frágil. Mesmo com toda a grana que ganhou para ela e para terceiros, na intimidade ela era uma garota judia que gostava de cozinhar para os amigos, curtia música dos anos 50 e 60 e sofria romanticamente por causa de boys lixos.
Seus fãs, no entanto, a idolatravam com fervor religioso e, após sua morte, passaram a adorá-la ainda mais.
Com suas roupas e sonoridades vintage, cabelo beehive (colmeia) e as tatuagens, Amy é ainda hoje um ícone de moda e estilo. Ela resgatou referências que estavam no limbo ou perto disso, como o jazz de Frank Sinatra, Dinah Washington e Ella Fitzgerald, os conjuntos vocais femininos como The Ronettes, The Supremes, Martha & the Vandellas e The Crystals.
Mais: jogou luz sobre astros da Stax Records como Otis Redding e Booker T. & the M.G.’s, e ainda ídolos como Marvin Gaye, The Specials, Ray Charles, Donny Hathaway, The Shirelles, The Zutons, Salt-n-Pepa, TLC e Sam Cooke.
Indiretamente, ao gravar com os Dap-Kings, ela pavimentou caminho para que Sharon Jones voltasse a reinar e para que Charles Bradley pudesse desfrutar do estrelado na terceira idade.
Os milagres de Amy – quem diria, a diabinha virou santa – seguem em curso. O produtor dela Mark Ronson chegou este ano ao topo das paradas com Uptown Funk, um som da pesada que provou mais uma vez que o pop não é sinônimo de música ruim. Ave, Amy.
Veja em nossa galeria dez motivos que fazem com que Amy seja a última grande coisa surgida na música mundial.