Famosos falam sobre o estilo Rita Lee
“Nós tinhamos uma visão muito parecida, eu e Rita. A mesma paixão pelos Beatles... Era tudo muito diferente: a gente gostava de roupas militares, algo meio de fantasia... Estávamos na mesma sintonia. E, por isso mesmo, eu achava o guarda-roupa dela adorável. Ver a Ritinha de noiva no palco, por exemplo, era perfeito e incrível. Eu pensava assim: "Ela é uma defensora da mesma tribo que eu". Eu conheço Ritinha desde que ela tinha 16 para 17 anos e foi uma das meninas mais bonitas que vi na vida! Deslumbrantemente bonita. E ela nunca usou a beleza como arma ou como ferramente para melhor se dar na vida. Essa contramão, em termos de looks e moda considerados "estranhos", era para mostrar o outro lado dela. E mesmo assim, ela não conseguia dissimular sua beleza física. Essa moça, naquela época, era o sonho dos sonhos... Mas eu era casado e não peguei. Ficamos muito amigos! Foi uma época rica de nossas vidas: como meu pai era diplomata e viajava, ele trazia os discos dos Beatles meses antes de sair daqui. Numa dessas ocasiões, chamei Ritinha para ouvir o Revolver (1966) - mono e da gravadora Parlophone - e, na minha opinião, o melhor disco dos Beatles. Nessa época, quando comecei a carreira, Os Mutantes foi o grupo do qual mais gostei. Os diretores da Record (onde Ronnie tinha o programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von, na década de 60), diziam que eu era louco de colocar aquela banda que era o contrário de tudo que se fazia. Eu fiz questão. E imagina a cena: a Rita tocando, numa (guitarra) Telecaster azul calcinha a Marcha Turca de Mozart no meu programa, ao lado dos meninos (Arnaldo e Sérgio). Tenho um orgulho enorme de tudo o que fizemos juntos”.
Créditos: Divulgação/Reprodução
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