O governo dos Estados Unidos pediu nesta sexta-feira que a Rússia revise a sentença “desproporcional” contra as integrantes do grupo punk Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por uma ação de protesto contra o presidente Vladimir Putin, e destacou seu “impacto negativo” sobre a liberdade de expressão.
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“Os Estados Unidos estão preocupados pelo veredicto e as sentenças desproporcionais ditadas por um tribunal de Moscou contra as integrantes do grupo Pussy Riot e seu impacto negativo sobre a liberdade de expressão na Rússia”, disse em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
A porta-voz solicitou que as autoridades russas “revisem” o caso e garantam que “o direito à liberdade de expressão esteja consagrado” no país.
As três integrantes do grupo Pussy Riot, julgadas por cantar em uma catedral ortodoxa contra Putin, foram condenadas nesta sexta-feira a dois anos de prisão. A acusação tinha pedido três anos de prisão para Nadezhda Tolokónnikova, Yekaterina Samutsévich e María Aliójina, presas desde março.
As três jovens não se consideram culpadas, insistiram em qualificar sua ação de “expressão política em forma artística” e escutaram a sentença com serenidade e, inclusive, sorrisos.
O Pussy Riot ficou conhecida na Rússia em 21 de fevereiro quando cinco de suas integrantes invadiram uma área restrita do altar da catedral de Cristo Redentor em Moscou, o principal templo ortodoxo do país, para protestar cantando.
“Mãe de Deus, leve Putin”, dizia a música, na qual acusavam o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, de crer no presidente da Rússia e não em Deus.