Pussy Riot
A polícia russa informou nesta segunda-feira (20) que procura duas integrantes do grupo punk Pussy Riot que não foram identificadas, mas que também estariam envolvidas no protesto contra o presidente Vladimir Putin realizado dentro de uma catedral ortodoxa.
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“Estão sendo efetuadas pertinentes ações de busca”, informou um porta-voz da Polícia russa à agência Interfax.
Além disso, as autoridades russas decidiram hoje separar o processo penal das mulheres não identificadas do das demais integrantes do Pussy Riot, as quais foram condenadas a dois anos de prisão na última sexta. Nadezhda Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e María Aliojina já estão presas há mais de cinco meses.
No dia 21 de fevereiro, as cinco integrantes do Pussy Riot, todas encapuzadas, invadiram uma área restrita do principal templo ortodoxo russo, tiraram a roupa e começaram a fazer o que chamaram de “oração punk”, ou seja, a tocar guitarra elétrica e cantar palavras contra o presidente Vladimir Putin.
No mês de março, depois que a Igreja Ortodoxa Russa expressasse com indignação o que qualificou de “sacrilégio”, três integrantes do Pussy Riot foram identificadas e posteriormente presas, enquanto as outras duas seguiram em liberdade.
Em janeiro, as meninas do Pussy Riot já tinham protagonizado um protesto antigovernamental em plena Praça Vermelha, o que gerou apenas uma multa.
O grupo Pussy Riot, cujo número de integrantes muda de acordo com a ocasião, antecipou na última semana que preparam novas ações artístico-musicais de protesto contra o Kremlin.
A condenação das três integrantes do grupo punk causou uma onda de críticas internacionais, tanto por parte das chancelarias ocidentais, como das estrelas da música.