Estados Unidos, Espanha e Argentina confirmaram neste sábado seu favoritismo no Campeonato Mundial de Basquetebol do Japão-2006 ao vencer Porto Rico (111-100), Nova Zelândia (86-70) e França (80-70), na primeira rodada do torneio que teve surpreendentes derrotas da Sérvia e do Brasil.

Com 21 pontos de Carmelo Anthony e 15 de LeBron James, as estrelas da NBA superaram Porto Rico por 111-100 em Sapporo, em um choque pelo Grupo D, no qual a lógica foi respeitada com as vitórias da Eslovênia sobre o Senegal (96-79) e da vice-campeã olímpica Itália frente à China (84-69).

No Grupo B, Espanha continua sem encontrar um rival a sua altura. A seleção espanhola chegou a este mundial japonês com uma excelente performance: nove triunfos consecutivos. Em Hiroshima, Pau Gasol e seus companheiros se impuseram à Nova Zelândia, semifinalista de 2002, por 86-70, confirmando sua potência e favoritismo ao título.

O ala-pivô dos Memphis Grizzlies, Gasol, junto com Juan Carlos Navarro e Jorge Garbajosa, com 16 pontos cada um, foram os homens que se impuseram aos ‘Tall Blacks’, que sofreram a perda de um de seus jogadores-chave, o armador Mark Dickel, suspenso por três partidas por fumar maconha, como se comprovou no exame antidoping.

A derrota do Panamá para o campeão africano Angola por 83-70 significou seu regresso frustrado após duas décadas de ausência. Já a Alemanha, como era esperado, derrotou o Japão por 81-70, com 27 pontos de Dirk Nowitzki.

Ao encerrar a primeira fase do Grupo A, em Sendai, o campeão olímpico e vice-campeão mundial Argentina ratificou que tem condições para pretender a coroa, após vencer com categoria a França por 80-70, em uma partida em que Emanuel Ginóbili esteve onipresente. O francês com um problema no indicador da mão direita não jogou.

Ante os olhos de Parker, sentado no banco gaulês, mas sem uniforme, os argentinos de seu amigo e companheiro no San Antonio Spurs, Ginóbili, autor de 25 pontos, dominaram a França com experiência e potência física.

"Temos sorte de contar com um Ginóbili porque tem tremendos tiros", comentou o técnico alviceleste Sérgio Hernández. "Eles mudaram sua defesa, nos confundiram, tomamos algumas cestas loucas… mas quando tens um ótimo jogador se pode anotar contra qualquer defesa", acrescentou.

Argentina confirmou, porém a zona se ‘abriu’ com a grande surpresa de Nigéria ante a Sérvia e Montenegro, na primeira bomba do certame.
Nigéria derrotou 82-75 ao bicampeão mundial com uma equipe veloz liderado pela guarda dos New York Knicks Ime Udoka, que anotou 18 pontos, frente a uma atônita equipe sérvia jovem e renovado que teve em Igor Rakocevic (20 pontos) a sua melhor figura.

"Sabíamos que eles tinham um grande time excelentes atletas. Creio que a Nigéria vai surpreender muitas equipes mais aqui", disse o pivô do Real Madrid.

A chave foi aberta com muita emoção ao ver as comemorações desmedidas dos jogadores do Líbano, que derrotaram a Venezuela por 82-72. Foi a primeira vitória libanesa e uma enorme alegria para seu angustiado povo.

"Hoje, jogamos com o coração", disse Omar El Turk. "Jogamos por toda gente do Líbano, por aqueles que perderam suas casas, pelos que perderam seus filhos. Se podemos dar algo é ao menos um pouquinho de alegria…", acrescentou.

O grupo C também deu uma surpresa de calibre. Uma inexperiente Austrália derrotou ao favorito e aspirante à medalha Brasil (83-77), em Hamamatsu, graças à boa atuação de CJ Bruton.

"Nossa preparação foi boa, mas hoje não funcionou a defesa", explicou o técnico brasileiro Lula Ferreira. "Creio que as perdas de bola foram a chave do encontro. Porém nem tudo está perdido. O único que temos que fazer é ganhar o compromisso seguinte", assegurou com otimismo.

Nos outros encontros do grupo, o campeão europeu Grécia derrotou o estreante Catar 84-64, enquanto que a Turquia se impôs no último suspiro a Lituânia (76-74).

Na segunda rodada do domingo serão disputados 12 jogos. Pelo grupo A: Nigéria-Venezuela, Argentina-Líbano e França-Sérvia e Montenegro: pelo B: Japão-Angola, Nova Zelândia-Alemanha e Panamá-Espanha: pelo C: Catar-Brasil, Austrália-Turquia e Lituânia-Grécia, e pelo D: Senegal-Porto Rico, Itália-Eslovênia e Estados Unidos-China.


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EUA, Espanha e Argentina confirmam o favoritismo no Mundial