O técnico campeão mundial pela Argentina em 86, Carlos Billardo fez questão de levantar a bola do camisa 10 da, Juan Sebastián Riquelme. Em entrevista ao diário argentino <i>Olé</i>, o ex-técnico foi perguntado sobre o meia argentino, que ainda não rendeu o que os críticos esperavam.
Já disse 40 mil vezes: Riquelme foi sempre assim. Seu estilo de jogo, sua forma de ser. É tranqüilo. Toca para os laterais e, de repente, parte para frente. Chuta bem de fora e nas bolas paradas é decisivo. O que me parece, é que não está 100% fisicamente e faltando 10 a 15 minutos, vai caindo de rendimento. Mas com um Riquelme, é possível se ganhar um mundial, disse na entrevista.
Além disso, Billardo comparou o time de 86 com o atual, mesmo tendo deixado bem claro que, fisicamente, não há paralelos entre as equipes. Segundo o ex-treinador, Riquelme cumpre função semelhante a de um jogador específico, mas não a do Maradona.
Riquelme é organizador, como Burru (Burruchaga). Mas as equipes são diferentes fisicamente. Os pibes eram aviões. Pfium! Passavam ao seu lado, disse sobre o time de 86.
Billardo diz ainda que o futebol não mudou muito de 20 anos para cá. Está tudo igual. Holanda, Alemanha, Itália e México mudaram um pouco, porém, não há nada de novo. Veja a final de 2002: Brasil e Alemanha, duas equipes que jogavam iguais, com três atrás e dois laterais por fora.