(por Gabriela Rassy) – A senadora Marisa Serrano, 60 anos, teve o início de sua carreira profissional e política, na década de 70, em Campo Grande, onde foi eleita vereadora. Formada nos cursos de Letras e Pedagogia, Marisa ocupou o cargo secretária de Educação de Mato Grosso do Sul. Além disso, dirigiu a Delegacia do Ministério da Educação MEC- no Estado. Já ocupou diversos cargos na área da educação e foi a primeira mulher a se eleger para uma cadeira do senado em Mato Grosso do Sul.
Em seu primeiro mandato como senadora, Marisa ganhou mais visibilidade ao fazer parte do conselho de ética na CPI do caso Renan Calheiros, no ano passado. Apesar de ter explicitado sua preferência pela condenação do Renan, nada deu muito certo "Fizemos o relatório. Se o plenário o absolveu, eu não fui a culpada". Para quem não lembra, seis representações foram levadas ao conselho de ética contra Renan, das quais ele se safou de cinco.
Hoje, o STF julga, em segredo de justiça, um único processo contra o senador – sim, para você que pensou que alguma coisa foi feita, ele continua com sua cadeira garantida.
Por falta de vontade política ou por pura falta de sorte, outra CPI importante, finalizada a pouco tempo, também esteve Marisa a frente. A CPI dos Cartões Corporativos contou com a senadora para redigir os relatórios sobre os gastos públicos. Infelizmente para Marisa, essa também acabou em pizza, ou melhor, em salgados e tapióca.
Dos 200 mil reais disponibilizados para a investigação, foram gastos 2.944,00 reais. E tudo isso para que a comissão não morresse de fome durante as intermináveis horas de debates e votações. "Eles é que não estavam dispostos a investigar", disse Marisa, que, apesar de insatisfeita com o resultado, está "com a consciência tranqüila".
"Na parte das investigações o resultado não foi satisfatório. Nós da oposição gostaríamos que fosse melhor investigado", disse a senadora, que teve que aceitar o relatório final, do deputado Luiz Sérgio (PT), sem nenhum indiciado, mesmo sendo a presidente da Comissão. Apesar desse inferno astral em torno das CPIs, a senadora que nunca foi indiciada por nenhuma falcatrua política, parece estar mesmo sem sorte. Mas, apesar da derrota, ela continua otimista: "Vai dar tudo certo", disse ela por telefone ao Virgula. Quem sabe na próxima.
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