Klebers e Frotas marcaram presença na terceira edição do Skol Beats, que aconteceu entre sábado e domingo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com um público de cerca de 40 mil pessoas.

Eles podiam até não estar de sunga, mas os “rinocerontes” foram maioria na tenda trance, perpetuando o melhor estilo Alexandre Frota (ex-“Casa dos Artistas”).

Como esse gênero musical costuma bombar as festas do circuito Maresias, no litoral paulista, vários “brothers” foram atraídos ao Skol Beats, que se mostrou este ano bem mais popularesco e bem menos “freaky”.

Supermarombados, mas nem tão praianos, estiveram os “Bambans” do festival, que ocuparam o espaço The End, de tecno, numa homenagem ao mais recente herói nacional: Kleber, vencedor do “Big Brother Brasil”. Era nessa tenda que a paquera rolava com força total, apesar das meninas não terem nada a ver com a Maria Eugênia (a boneca de madeira do “reality show” global).

Lotadíssima, a tenda de drum’n’bass reuniu o maior número de maus dançarinos. Homens e mulheres desengonçados insistiram em continuar com suas coreografias a madrugada toda, sem se importar com a opinião alheia. “Não levo jeito mesmo, mas não ligo. Gosto do som e os outros que se danem”, disse Maurício Siqueira, de 21 anos, jogando os ombros de um lado para o outro numa total falta de sincronia com os pés.

OS NORMAIS

Como sempre o Skol Beats reuniu tribos diversas e adversas, mas nem chegou perto do exotismo das edições anteriores. Marias-chiquinhas com frufrus coloridos, saias pregueadas de estilo anos 50, bichinhos de pelúcia presos às mochilas, minissaias e cintos de tachinha eram as peças mais “anormais” do festival.

Nada de piercings em locais ultrajantes, tatuagens mil e cabelos futuristas. O público deste ano era bem mais “normal” do que quando a festa abriu suas portas há três anos, numa prova de que a música eletrônica está cada dia mais deixando os redutos clubbers.

Aliás, os britânicos do Groove Armada, cuja música “My Friend” compõe a trilha sonora da novela “O Clone”, foram o chamariz para os marinheiros de primeira viagem que fizeram questão de prestigiar a dupla.

“O show deles foi ‘styling’ (leia-se legal, bacana), todo mundo ficou pulando”, afirmou Caio Fontini de Oliveira, 19, em sua estréia no Skol Beats.

E houve até quem preferisse a dor apenas para se achar bela e poderosa. Várias mulheres calçaram botas de salto e sandálias de plataforma, que lá pelas tantas denunciaram o andar sacrificado e penoso.

“Sou baixinha e não gosto de me sentir tão pequena, por isso vim de sandália. O ideal é vir de tênis”, confessou Carolina Lobato Simão, 20, de Florianópolis, enquanto cambaleava pelo autódromo.


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Bambans e "normais" estiveram em alta no Skol Beats