NOVA YORK (Reuters) – A viúva de John Lennon, Yoko Ono, disse no tribunal na terça-feira que moveu um processo contra o assistente pessoal do ex-Beatle, porque ficou revoltada pelo fato de ele ter dado a um programa de televisão uma fita de vídeo com imagens de um piquenique familiar e afirmado deter os direitos autorais sobre fotos da família dela.

Ono ocupou o banco das testemunhas pelo segundo dia no julgamento, num tribunal federal de Manhattan, do ex-assistente Frederic Seaman, a quem ela acusou de ter roubado objetos pessoais e suvenires e os vendido para ganhar dinheiro depois que Lennon foi morto por um fã em 8 de dezembro de 1980.

Os oito jurados assistiram à fita de vídeo feita em abril de 1980, na qual Ono é vista brincando na grama com seu filho Sean, então com 4 anos, num piquenique em Long Island, enquanto Seaman e Lennon, usando rabo de cavalo, tiram fotos.

Lennon é visto deixando a mesa de piquenique para reposicionar a câmera sobre o tripé e continuar a filmar.

Seaman nega ter cometido qualquer erro e afirma que as fotos pertenciam a ele.

ACORDO DE EMPREGO

Na abertura do julgamento, na segunda-feira, o advogado de Yoko Ono, Paul LiCalsi, disse que Seaman assinou um acordo de confidencialidade que o proibia de usar objetos da família para obter lucro pessoal, enquanto estivesse empregado por ela ou depois disso.

Ele disse que Seaman tirou as fotos de Lennon como parte de seu trabalho, que começou em fevereiro de 1979 e terminou em janeiro de 1982, quando Yoko Ono o demitiu por tê-lo flagrado usando roupas de Lennon e cobrando despesas das contas bancárias dela.

O advogado de Seaman, Glenn Wolther, perguntou à Ono sobre seu antecessor no cargo de assistente pessoal, Nishi Saimaru, que publicou um livro de fotos, incluindo algumas do casal Lennon, com a aprovação de Yoko.

“Ele era uma pessoa doce”, disse Ono, que, em seguida, ergueu a voz para lançar um ataque pessoal contra Seaman. “Não era a pessoa que roubou coisas minhas. Não foi alguém que usou roupas de meu marido, logo depois que ele morreu. Então eu autorizei seu livro. Era meu direito.”

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Yoko Ono depõe em tribunal contra ex-secretário de John Lennon