(Da redação) Em março, quando vai acontecer a reunião geral da Comissão das Nações Unidas sobre Narcóticos (UNCND) em Viena, na Áustria, a Fundação Beckley, renomada instuição inglesa composta por estudiosos de diversas universidades e altos assessores de governo, deverá sugerir que os governos iniciem o plantio de maconha.
O conselho é ousado, mas é uma alternativa ao fracasso das políticas baseadas na repressão ao tráfico e na ilegalidade do consumo. Ele também é baseado em anos de estudos dos intelectuais que avaliaram exaustivamente qual a melhor forma de minimizar o mal que a maconha causa aos consumidores e à sociedade.
No entanto, o relatório da Fundação Beckley ressalta que o consumo da droga prejudica a saúde, aumenta os riscos de problemas mentais, pulmonares e cardíacos, além de doenças sociais como o abandono escolar. Apesar disso, o estudo aponta que, no mundo inteiro, há apenas dois registros de mortes por overdose de maconha na história. O número é inexpressivo perto das 200 mil mortes causadas por outras drogas ilícitas, das 2,5 milhões de vítimas anuais ligadas ao álcool e dos cinco milhões de mortos por causa do tabagismo.
Mediante os prós e contras, os estudiosos (que atuam como conselheiros do governo) recomendam que a maconha seja vendida legalmente na Inglaterra, sujeita a critérios rigorosos que limitem sua concentração de THC a níveis incapazes de produzir problemas psicológicos e com restrições rígidas de idade. As medidas enfraqueceriam o tráfico de drogas internacional e dissolveriam a estrutura criminosa envolvida no comércio ilegal.
Para ser aceita, a sugestão da Fundação Beckley terá que convencer os países da ONU (Organização das Nações Unidas) que seguem a Convenção Única Sobre Drogas, imposta em 1961 pelos Estados Unidos. Ela prevê que todos os seus signatários criminalizem não apenas a venda, mas a posse de maconha.
(com informações do blogSobredrogas)
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