Se falta um pino na cabeça de Chrissie Hynde, vocalista do Pretenders? As molecagens aos 52 anos, o jeito descontraído e as frases desbocadas tentam mostrar que sim. Mas a voz grave e a propriedade nos discursos nos levam a crer que não.
Última a entrar no salão do Hotel Hyatt, nesta tarde, Hynde foi bastante simpática com os jornalistas e fez várias brincadeiras durante a entrevista.
A cantora gostou de saber que o Brasília Music Festival terá um fundo social e até se dispôs a doar o cachê: “Por mim, eu dava o dinheiro todo para o Fome Zero”.
Chrissie Hynde é uma artista bastante engajada e a principal causa que defende é a do PETA, que luta contra os maus tratos impostos aos animais: “Eu me dedico inteiramente ao PETA. Inclusive, cedi meus direitos de imagem até mesmo depois de minha morte”. A americana disse que os exageros cometidos pelos ativistas, às vezes, são necessários, já que eles precisam ser notados pela sociedade.
Mesmo falando sobre um assunto sério como esses, Chrissie consegue ser brincalhona: “[Participar do PETA] é interessante também porque minha segunda agenda é destruir grandes empresas”.
A intenção da cantora não é fazer músicas sobre o tema, mas sim convidar a todos para refletir sobre o assunto: “Se eu consigo chamar a atenção das pessoas para a minha música, chamo também para as causas que defendo”.
Sobre o rompimento com a Warner, a roqueira foi muito clara: “Foi bem interessante. Não estávamos vendendo CDs o bastante e eles quiseram nos mandar embora. (…) A indústria fonográfica investe muito em prefeitos idiotas”. Chrissie critica o alto preço dos CDs, afirmando que o custo para fazê-los é extremamente baixo. Por isso, apóia o movimento de downloads na internet, ainda que “não posso mais comprar uma mercedes pra mim ou um carro esportivo para o meu namorado”.
Aliás, falando em internet e em namorado, a cantora revelou que a única vez em que tentou mexer com a rede mundial de computadores foi quando estava à procura de um companheiro na net: “Eu queria conhecer um cara na internet, mas não deu muito certo”.
Para terminar, a doidinha faz um convite: sejamos todos vegetarianos! “Se todos fossem vegetarianos, o mundo seria bem melhor. Muitas empresas quebrariam, os animais não seriam mortos e todos seriam mais saudáveis”.
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