O popular cantor cubano Polo Montañez morreu na noite de terça-feira num hospital de Havana, informou a rádio local. Ele se ferira gravemente num acidente de automóvel na semana passada e passara vários dias entre a vida e a morte.
Montañez, 47 anos, ficou famoso por seu disco “Guajiro Natural”, tanto em Cuba como em vários outros países latino-americanos, especialmente na Colômbia, onde conquistou um “disco de ouro”.
No ano passado ele gravou seu segundo disco, “Guitarra Mía”, que promoveu na Europa e alguns países da América Latina em 2002.
O cantor, cujo nome verdadeiro era Fernando Borrego Linares, havia sido convidado para se apresentar na Feira do Livro da cidade mexicana de Guadalajara, no final deste mês.
Após o acidente, sofrido na quarta-feira da semana passada, Montañez ficou em estado de coma. No sábado, sofreu uma cirurgia em Havana, para tentar aliviar o trauma cerebral.
No hospital, ele permaneceu em estado de coma, respirando com a ajuda de aparelhos e sofrendo problemas neurológicos e de pressão sanguínea, com instabilidade cardiovascular. Ele também apresentou febre de até 40 graus.
O acidente, no qual morreu seu enteado Mirel González, de 25 anos, aconteceu na quarta-feira passada na estrada entre Havana e Pinar del Rio, quando Montañez viajava com sua família.
A esposa do cantor, Adis García, se feriu gravemente mas se recupera bem, assim como uma jovem de 15 anos que também estava no carro. O veículo ficou destroçado.
Montañez ganhou popularidade três anos atrás, a partir da gravação de seu primeiro disco, “Guajiro Natural”, que fez dele o terceiro cubano a ganhar um disco de platina.
Nascido em 1955, ele era músico autodidata e baseava suas letras nas festas camponesas tradicionais da parte ocidental de Cuba.
De simples lenhador e tratorista, ele passou a integrar o primeiro escalão da canção latino-americana.
