O eterno malandro do morro Bezerra da Silva morreu nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, aos 77 anos. Com problemas pulmonares, o cantor estava desde 28 de outubro no CTI (Centro de Terapia Intensiva) no Hospital dos Servidores do Estado. Segundo a assessoria do hospital, Bezerra teve uma parada cardíaca causada por uma infecção nos pulmões. Em setembro, Bezerra já havia sido internado e diagnosticou-se enfisema pulmonar e pneumonia.

Com seu dialeto típico dos morros cariocas e seu estilo de bom malandro, o sambista foi o intérprete de sucessos como “Malandragem Dá um Tempo” (regravada pelo Barão Vermelho), “Candidato Caô Caô” (regravada pelo O Rappa), “Seqüestraram Minha Sogra”, “Defunto Cagüete”, “Overdose de Cocada”, entre muitos outros.

Sempre irreverente Bezerra da Silva gravou seu primeiro disco em 1975. Em 1995 gravou Os Três Malandros In Concert, ao lado de Moreira da Silva e Dicró. Em 1998 foi tema do livro Bezerra da Silva – Produto do Morro, de Letícia Vianna.

Ainda não foram divulgados pela família o local do velório e do enterro do “eterno malandro”.

Sua trajetória

José Bezerra da Silva nasceu em Recife (PE) no dia 9 de março de 1927. Foi em um navio clandestino para o Rio de Janeiro, aos 15 anos, com a família de retirantes. Na adolescência começou a frequentar rodas de sambistas na Lapa, tomou gosto e tornou-se um dos cantores mais conhecidos do país. Sempre com o gingado do bom samba “malandro”.


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'Bom malandro', Bezerra da Silva morre aos 77 anos