Donavon Frankenreiter foi escolhido a dedo por Ben Harper para acompanhá-lo em sua turnê pelo Brasil. Por aqui, ele ainda não faz o mesmo sucesso que seu amigos como o próprio Harper, Jack Johnson, mas o temperamento é o mesmo: quieto, jeitão desconfiado e com apenas um desejo, diversão.

Na coletiva realizada nestsa quarta-feira no hotel onde ele e Harper estão hospedados, Frankenreiter parecia tranquilo – com um chamativo chapéu de cowboy que, para um surfista, até que lhe caiu bem – e muito ansioso. “Somos amigos de longa data e esta é a primeira vez que fazemos uma turnê juntos. Espero que seja um dos melhores momentos da minha vida”, disse o cantor.

Com dois álbuns na bagagem – Donavon Frankenreiter, de 2004, e Move by Yourself, de 2006 – Donavon não sabe muito o que esperar do público brasileiro, já que ainda não enfrentou um grande público, mas garante que fará o melhor no palco. “O trabalho deste novo disco foi bem diferente do primeiro, pois eu não tinha uma banda formada com a qual pudesse trabalhar. Agora estou mais preparado pra tudo”, diz ele.

E vai ser dificil não agradar. Isso porque o som de Donavon tem tudo a ver com praia, surf e carrega as mesmas influências musicais de Harper. Por falar nessas influências, o californiano faz questão de citar alguns nomes como “Van Morrison, Jimmi Hendrix e muita soul music”.

Surfe e música

“Hoje posso levar a minha música a países que se não fosse o surfe, eu nem conheceria”. Mas, se hoje ele divide seu tempo entre o palco e a praia, o surfe apareceu primeiro na vida deste californiano, morador de Laguna Beach quem não cogita mais viver sem um ou sem outro.

“Admiro as pessoas que vivem do surfe. Eu ainda vivo dele. Mas nem todos os músicos que praticam o surfe fazem o mesmo som e nem todos que surfam fazem surf music”.

Relação com o Brasil

Donavon não esconde a admiração pelo país, que já visitou seis vezes. Mas, o que pouca gente sabe é que ele entrou em estúdio com uma banda brasileira, o Kid Abelha.

“Conheci o George Israel e acabei participando do último álbum deles e do disco solo de Paula Toller. “Foi uma ótima experiência. Para retribuir, chamei o George para se apresentar comigo no show no Rio”, conta Donavon. Além de elogiar o trio pop brasileiro, ele é só elogios à nossa música. “Tem muita percurssão na música brasileira. Quando ouço a música de vocês sinto vontade de dançar”.

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