Coleção, lançada pela Folha, revive grandes nomes do Jazz. O primeiro volume da coleção, que reune músicos clássicos do jazz, traz Nat King Cole.

Um dos nomes que abriu caminho para o suceso de artistas negros, o músico influenciou alguns dos maiores pianistas de jazz e, de quebra, foi um dos mais populares cantores românticos do século 20.

Cole, ao lado de Billy Eckstine e Sammy Davis Jr., foi importante para que músicos negros de gerações posteriores, como Johnny Mathis, Michael Jackson e Stevie Wonder, conseguissem chegar ao mais alto grau de sucesso, segundo disse o produtor Quincy Jones.

“Nos anos 40 e 50, as coisas eram difíceis para os negros, e aqueles pioneiros tiveram de enfrentar muita coisa para chegar ao sucesso”, afirmou Jones. “Nat se apresentava em Las Vegas, em tempos que um artista negro fazia o show principal e depois era obrigado a comer na cozinha”, conta.

Nathaniel Adams Coles (1919-1965), filho de um ex-açougueiro do Alabama que se mudou para Chicago, onde virou pastor de igreja batista, começou como um talentoso pianista de jazz. Em 1938, formou, em Los Angeles, um grupo que faria história: o King Cole Trio, que não tinha bateria, sendo apenas piano, guitarra e contrabaixo.

Foi com essa formação que Cole se tornou o ícone de pianistas de jazz como Art Tatum e Oscar Peterson, influenciados por seu estilo.

Foi por insistência de um cliente regular de um night club de Los Angeles, que dava gordas gorjetas, que ele começou a gravar e, assim, surgiram sucessos como “Nature Boy”, “Unforgettable” e “Mona Lisa”; até dissolução da banda em 1955.

Nat King Cole, fumante compulsivo, acaba sua história ao morrer prematuramente, aos 45 anos, de cancêr no pulmão. Desde então, sua popularidade cresceu ainda mais.

A versatilidade de seu legado artístico está presente em álbum Nat King Cole at the Sands, que chega às bancas no domingo , componentes da coleção Folha Clássicos do Jazz.


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Coleção revive grandes nomes do Jazz