A banda carioca Madame Machado toca um skacore descontraído com direito a trompetes e trombone e letras que falam basicamente sobre praia e “historinhas de amor”.

A faixa “Beijo de Cinema”, do álbum de estréia, já toca na rádio e, na próxima semana, será filmado clipe da música, que deverá entrar na programação de canais como MTV e Multishow. Neste sábado (7), a banda virá para São Paulo para tocar num festival de bandas que acontece no bar Cerveja Azul.

Para saber mais sobre a banda, o Virgula Música foi atrás do vocalista e guitarrista Bernardo que falou tudo (ou quase tudo) sobre a banda. Confira o Raio-x com a MM!

Início e a cena ska

A banda carioca de skacore Madame Machado, formada por Rafael Marakin (guitarra e vocal), Bernardo (guitarra e vocal), Lage (baixo), Dudu (bateria), Thiaguinho (trombone), Wellington (trompete) e William (trompete), surgiu em 2000, com a influência de bandas gringas de ska, como a be-humorada Reel Big Fish.

“Eu sempre toquei, sempre tive banda desde a época do colégio”, conta Bernardo aem entrevista ao Virgula Música. “Fui passar uns tempos na Califórnia, há uns oito anos, e voltei alucinado com o ska de lá.”

A banda surgiu da iniciativa de Bernardo, que se uniu aos amigos para produzir músicas do gênero, pouco conhecido no Brasil. “Não sei por que o ska não pega por aqui, principalmente no Rio, que é uma cidade praiana. Existem algumas bandas que tiveram ou têm muita influência desse gênero, como Paralamasdo Sucesso, Charlie Brown no começo, mas não chegou de uma maneira mais forte por aqui”, desabafa.

Apesar de ser um ritmo de raiz, que serviu de base para o reggae, o ska ainda é pouco divulgado no mundo. São poucos os lugares que possuem festival nde toquem só bandas do gênero. Para completar o quadro, a cena ska perdeu um pouco da força quando a onda emo apareceu.

“Passei seis meses na Califórnia, em 1997/ 98, e, nessa época, existia bastante banda de ska. Mas, com esse negócio do emo, do olho preto, deu uma diminuída. Há uma cena, mas está bem devagar…”, conta Bernardo.

Nome e Influências

De onde veio o nome “Madame Machado”? Bernardo explica: “Um amigo meu, Feijão, tirou esse nome de uma cidadezinha de Petrópolis (RJ), perto de Itaipava. O distrito se formou a partir do bordel de uma senhora, conhecida como Madame Machado. Essa casa fechou há muito tempo, mas o nome ficou.”

Dentre as influências da banda, estão a californiana Reel Big Fish (“O show desses caras é muito bom, eles tiram onda no palco e fazem todo mundo dançar do começo ao fim”), Less Than Jake, da Flórida, a também californiana Dance Hall Crashers (“Conheci quando morei perto de Berkeley, em São Francisco. São duas meninas que cantam, muito bom o som da banda”) e Operation Ivy, de São Francisco.

Músicas e inspirações

A Madame Machado possui duas demos e, recentemente, lançou seu álbum début, intitulado Sem Pedir Pra Entrar, com produção de Rodrigo Vidal . Os temas das faixas passeiam basicamente pela rotina do carioca, com letras que falam de praia, “relacionamentos e historinhas de amor”.

A música “Beijo de Cinema” já toca na rádio Transamérica do Rio de Janeiro e, logo mais, irá ganhar videoclipe. “Vamos filmar o clipe de ‘Beijo de Cinema’, semana que vem, num estilo bem Tarantino. No final do mês de julho, deve começar a passar em emissoras como MTV e Multishow”, conta Bernardo.

O álbum está à venda no site da Idealshop, lojas da galeria do rock, como a Estrondo e Dance of Days, e nos shows do MM.

As músicas também podem ser encontradas no MySpace dos caras (/madamemachado) e no site da banda (madamemachado.com.br).

Shows e Futuro

“Nos apresentamos em quase todos os lugares aqui do Rio. Tocamos no Ballroom; no Festival da LG, no Citibank Hall… Uma coisa legal que fazíamos: no começo, quando não tínhamos muito lugar para tocar, montávamos nosso som na areia da praia de Ipanema e tocávamos, de graça. Fizemos isso durante três verões seguidos”, conta Bernardo.

A banda virá para São Paulo, no sábado (7/6), onde se apresenta no Cerveja Azul (Praça Ciro Pontes, 26 – Mooca), num festival em que tocam também as bandas Phone Trio, Cine Disco, Longitude Zero, Draft One, Marakena Flamejante e Kalvin.

Já em relação aos planos para esse ano… “Estamos numa correria enorme. O lançamento do CD deu um gás para a banda, estamos tocando na rádio Transamérica, fazendo promoção. Este ano é divulgação, e conseguir um selo para distribuir o disco”, diz Bernardo.


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Raio-x: Conheça a banda carioca de skacore Madame Machado