No dia 12 de novembro de 1877, Thomas Edison inventou o fonógrafo. Para comemorar, uma instituição norte-americana está tentando transformar o dia 12 de agosto no Dia do Vinil. Pra gente aqui do Vírgula, a data já pegou e durante toda essa semana estamos comemorando a semana do Vinil!

Concordamos que vinil é uma arte, como dizem os aficionados pelos eternos “bolachões”. Entre seus amantes, estão os que viveram a época de ouro dos vinis, que se jogaram no rock com eles, que curtiram a era das discotecas embalados pelas bolachas e também gente que já nasceu era do CD e do MP3.

Se no rock teve total importância, entre DJs e simpatizantes da música eletrônica foram essenciais. Hoje, estão mais na memória afetiva do que no dia-a-dia das pick ups, mas não dá pra dizer que perderam o trono. Mesmo que utilizem outros formatos pra tocar, a maioria dos DJs guarda um carinho especial pelo vinil. Veja a opinião deles:

Marky

“Tocar com vinil pra mim é tudo. Desde pequeno sempre me interessei por discos, justamente por achar curioso como um pedaço de plástico redondo pode transmitir música. A qualidade do vinil é insuperável, a equalização é precisa e os timbres absurdamente definidos, coisa que o CD não transmite. Continuo tocando e comprando discos. Hoje toco com o serato scratch live,com a utilização de um laptop e discos Timecode, que na verdade tem o mesmo efeito de tocar com discos.”

DJ Magal

“Gosto de tocar com vinil porque acho muito mais bonito. Fora isso a qualidade, que é muito superior em comparação com os outros formatos de áudio. Também gosto de me sentir à vontade quando toco. Gosto de conversar, dançar e sentir a pista. Com o vinil isso fica muito mais fácil e rápido.”

Felipe Venâncio

“Para trabalhar prefiro usar CDs, por três motivos. O primeiro é porque nos clubes pelo Brasil a fora a qualidade dos toca-discos é ruim, uma vez que a maioria dos DJs residentes só usam CD pra tocar. O segundo é que desde que entramos na era da digitalização, para você ter novidades na pista é preciso fazer algumas brincadeiras com as faixas, criar um diferencial, fazer um bootleg que garanta que nenhum outro DJ tenha tocado aquilo. Com o vinil não dá tempo de produzir a música e gravar para tocar no mesmo dia. E o terceiro é peso do equipamento quando você usa vinil, não é prático para levar de um lugar pro outro. Apesar de não tocar com eles, acho muito cool essa galera mais jovem que está curtindo o vinil, sou um colecionador e acho o máximo que agora as gravadoras estão reeditando alguns discos com a capa original.”

Patife

“Até hoje não foi criado um formato tão bom quanto o vinil. Porém a evolução nos força a abrir mão do uso, por vários motivos. Entre eles está a dificuldade em comprar e o peso de um case com vinis. Numa viagem, por exemplo, se eu fosse levar vinis acabaria pagando uma fortuna de excesso de bagagem. Hoje, devo ter apenas uns 20 discos e acabo usando mais MP3 pra tocar. Tenho mais de 120 gigas de música, seria impossível carregar isso em vinil. Já colecionei muito bolachão, mas hoje não garimpo mais, fiquei apenas com aqueles que não abro mão.”

Saiba mais:

Messias fala sobre retomada dos bolachões

Salvos pelo Rock

Edições especiais que marcaram época

Os LPs mais caros nos sites de leilão da internet


int(1)

Semana do Vinil!