No último domingo (3), o Salão Social do Palmeiras recebeu a mais recente edição do festival ABC Pró HC, em São Paulo.

O evento, que durou quase 12 horas, trouxe algumas das melhores bandas da cena hardcore brasileira e mais duas atrações internacionais inéditas.

A tarde chuvosa não impediu os fãs de comparecerem em bom número ao festival. Em sua maioria, jovens de 16 a 18 anos.

Dentro do salão do Palmeiras, um espaço relativamente grande, a produção montou dois palcos. Isso agilizou o tempo do festival, que só começou a sofrer com atrasos depois da quarta hora de shows.

A qualidade do som deixava a desejar. Talvez por um problema de acústica ou de equalização, era muito difícil entender o que se passava no palco. Por mais alto que o som estivesse, sempre saía embolado e com muitos chiados.

As Bandas

O evento começou a esquentar de verdade lá pelas 17h, durante o show do Evo84. A banda levantou a galera que participou ativamente do show, pulando e cantando junto com os músicos.

Sem tempo para descanso, o Rancore, banda já veterana no cenário, subiu no palco e desfilou seu som energético, cheio de guitarras dobradas.

O vocalista Teco Martins intimou a galera a uma brincadeira no final do show: “Até agora não tivemos hardcore por aqui. Então abre a roda aí!”. E a platéia não decepcionou a banda.

Na sequência, ainda tocaram Ofel e o 35ml, quarteto de Barueri que levantou o público, animado com a maioria das músicas da banda que é a nova promessa da cena hardcore do estado.

Mudanças de última hora na ordem das bandas colocaram o Emery na sequência, para o delírio da platéia.

Logo de cara já detonaram The Ponytail Parade, que a galera cantou junto a plenos pulmões.

Com muita energia no palco, a banda de Seattle ainda mandou muitas músicas de seu último álbum I´m Only a Man e algúns clássicos como Secret.

O vocalista Toby Morrell deu ainda seu apoio ao download de músicas na internet: “Nós sabemos que nossos discos são muito caros por aqui. Por isso podem baixar nossas músicas à vontade. Vocês têm a nossa benção.”

Pra fechar o show, Toby ainda perguntou: “Qual música vocês querem ouvir?” A resposta veio em uníssono: “Walls!”

A saideira quase derrubou o salão e de lambuja quase esmagou os fotógrafos contra o palco, já que a frágil grade foi empurrada para frente pela galera até sobrar menos de um metro de fosso.

Clique AQUI e veja as fotos do show do Emery.

Os também veteranos do Dance of Days entraram logo depois e não deixaram o clima esfriar. Mesclando bem músicas dos dois primeiros discos como Correção e Se essas paredes falassem com faixas mais recentes como Adeus Sofia.

Ao fim do show todos os presentes correram em direção ao outro palco para assistir ao show da mais nova mania da cena hardcore, os mineiros do Strike.

A banda de Juiz de Fora arrancou gritos das garotas presentes quando começou com Aquela História seguida de Paraíso Proibido, parecendo incansável no palco. O vocalista Marcelo não pára nem um segundo, sempre chamando a colaboração da galera.

O grupo ainda tocou Caiu na Babilônia e Desencane, uma das favoritas do público.

Pelo meio do show, veio um cover pra lá de bem executado. A versão do Strike para Mulher de Fases dos Raimundos foi muito bem recebida pela galera.

Para fechar o show, a banda de Juiz de Fora ainda tocou All The Small Things, do Blink 182, para a alegria de toda a molecada presente.

Clique AQUI e veja as fotos do show do Strike

O Envydust entrou na sequência para fazer um show pra lá de barulhento.

A banda tentou, mas foi muito prejuicada pela falta da qualidade do som. Os caras ainda contaram com a participação especial de Mi, vocalista do Glória.

Com uma performance muito prejudicada pelo áudio e pela troca de horários, os paulistanos se despediram tocando O olhar tem seu nome.

Com a maioria do público já tendo saído, os californianos do LoveHateHero tomaram conta do palco para fechar a noite.

Com muita energia e disposição, o quarteto de Hollywood não decepcionou quem ficou para vê-los.

O guitarrista Kevin Gruft deu um show à parte. Girou a guitarra, jogou para cima, correu pelo palco e se jogou contra as caixas, contagiando o público que agitou até o final.

O show foi especial para o baterista Scott Gee. Comemorando seu aniversário, o baterista ganhou de presente um belo show no Brasil e um bolo na cara, cortesia os companheiros de banda e da organização do evento.

Tocando muito alto e com a galera cantando em uníssono, a banda chamou a atenção pela disposição e gosto pelo que faz. O quarteto não conseguia esconder a satisfação de estar no palco do festival.

Apesar dos problemas com o som e dos atrasos, o festival correu bem e teve boas bandas. No geral, a organização não decepcionou e a galera saiu do salão do Palmeiras satisfeita.

Clique AQUI e veja as fotos do show do LoveHateHero.

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