O apresentador Emílio Surita que está há 11 anos no comando do Pânico – desde quando eram só Bola e ele “maltratando” ao vivo os ouvintes – conta tudo o que rolou nos bastidores da negociação com o SBT.
Desde setembro de 2003, o programa que já era sucesso absoluto no rádio, ganhou versão televisiva – o Pânico na TV – exibido semanalmente pela Rede TV. Desde então, conquistaram ´públicos de todas as idades e a disputada audiência das tardes de domingo.
Há pouco mais de um mês, o SBT mostrou interesse na atração e, depois de alguns telefonemas entre Silvio Santos e Tutinha – do Grupo Jovem Pan, a dupla finalmente se encontrou. Na quinta-feira, 23/06, o “homem do baú” deixou seu escritório e foi até a Jovem Pan. Em uma reunião à portas fechadas, Tutinha, Silvio Santos e Emílio Surita conversaram.
Virgulando: O que aconteceu durante a reunião?
Emílio: O sonho acabou! O Silvio veio aqui e simplesmente (pausa), não quis contratar. Agora, nós continuamos na Rede TV e só Deus sabe! Acabou o sonho de ser famoso (risos).
Virgulando: É tudo uma questão de contrato?
Emílio: É! Ele (Silvio Santos) resolveu respeitar o contrato, que vale até 2007. A partir daí ninguém sabe.
Virgulando: E na Rede TV? Como as coisas ficam, agora?
Emílio: Na mesma. Mas a gente sai desse “negócio” com uma mão na frente e outra atrás. E agora, nós estamos pedindo anunciantes no ar. Quem quiser patrocinar…
Virgulando: Mas o Pânico não vale a pena?
Emílio: Lógico! Mas a televisão é um risco, essa profissão é um risco. Quando o Pânico foi para a televisão, muita gente falava “vai dar errado porque vocês são de rádio…” Só que acontece que as coisas vão acontecendo e funcionando, ou não funcionando. Não tem uma lógica. Tem gente que fala que não vai dar certo no SBT… Pode dar certo, como também não. Pode continuar na Rede TV e não dar certo. Não existe uma fórmula.
Virgulando: Então, bola pra frente?
Emílio: É, agora é bola pra frente!