A convidada do Pânico na Jovem Pan desta quinta-feira (29), foi Raquel Pacheco, muito mais conhecida como Bruna Surfistinha: personagem criada para trabalhar como garota de programa. A escritora e empresária lança o terceiro livro (agora para maiores de 18 anos) e aguarda ansiosamente pelo início das gravações do filme O Doce Veneno do Escorpião, baseado em fatos de sua vida.
Sobre não escrever seus livros:
"Quando escrevi o primeiro livro eu ainda me prostituia. Mas não escrevi porque ou eu me prostitutia, ou eu escrevia. Eu não conseguiria conciliar os dois trabalhos. Preferi que alguém escrevesse por mim. O segundo foi na onda do primeiro e este terceiro eu escrevi e sem tabu, por isso é classificado para maiores de 18 anos", diz Raquel
"É uma linguagem muito aberta", confirma Emílio Surita
Quem é o culpado pelo fim de um namoro?
"A nossa Robert por um dia acaba de terminar um namoro de 2 anos e meio. Você acha que a culpa pelo fim de um relacionamento é sempre do outro?", pergunta Emílio
"Normalmente a culpa está na pessoa mesmo. A outra não vai querer terminar sem motivo algum", responde Raquel
Sobre o filme, a ser gravado em 2008:
"Você vai ter uma palavra final na atriz que vai te interpretar no filme?", indaga Christian Pior
"Os testes para o castings estão rolando ainda e os resultados sairão em dezembro. Eu não estou cuidando disso", diz Raquel
"Ele leva o nome de O Doce Veneno do Escorpião, não é?", diz Emílio
"Isso… O mesmo do meu primeiro livro e a Camila Pitanga, por exemplo, interpretou muito bem a Bebel em Paraíso Tropical. Mas realmente não está na minha mão e prefiro não palpitar. E também não tenho interesse em me interpretar", entrega Raquel
Fechamento do Bahamas:
"O que você achou da casa do Marone ter fechado?", pergunta Emílio Surita
"Cafetinagem e incentivação da prostituição é ilegal, mas o ato de se prostituir não é, então as garotas de programa é quem acabam pagando o preço e perdendo dinheiro, de maneira indireta. No caso do Oscar, ele teve muito azar. Ele sempre deixou claro que o Bahamas não era um local de prostituição, mas de diversão, embora todos saibam que tem quartos lá dentro. É a maneira que ele tem de se justificar", responde
Relação com um cafetão:
"Fiquei triste porque são as garotas que acabam pagando o preço disso tudo. Mas como trabalhei com cafetão por um ano e meio, sei o quanto é ruim ser explorada. Eu pagava 60% nas casas onde trabalhei", entrega Raquel
"O cafetão protege a pessoa e é dono do lugar?", pergunta Emílio
"Ele mal aparece e o Oscar tem muita coragem de dar a cara a tapa e mostrar quem ele é. O gerente da casa é quem cuida das meninas e financeiramente do caixa. O cafetão mal aparece mesmo, não quer ficar se gabando, porque sabe que está cometendo um crime, na verdade", diz Raquel Pacheco
"Eu to chocado com os 609%, até porque eu sou filantrópico. Colega, não tem casas que faturam com a bebida e o dinheiro da entrada dos rapazes, fazendo com que o dinheiro da garota seja só dela?", pergunta Christian
"Em privê e clínica de massagem, é uma porcentagem. Trabalhar com cafetão por um lado é ruim, porque tem uma exploração com o cachê, mas os clientes são bons e há uma segurança lá dentro", responde Bruna
Fim da prostituição:
"Como isso pode ser solucionado, na sua opinião?", indaga Emílio
"Legalizando a prostituição", responde Raquel
"Igual na Holanda?", pergunta Christian
"Muitas meninas iam deixar de trabalhar. Não são todas que gostariam de ter uma carteira assinada, dizendo que trabalhou com isso. Diminuiria o número de meninas e melhoraria a qualidade", diz Raquel
"Isso acho que não resolve também, viu? São assuntos polêmicos que não temos capacidade de descobrir uma soluição. Não temos base pra discutir isso", encerra Emílio
Conta, conta!
"Oi, Bruninha. Tudo bem, amor? Eu queria saber se já existiu alguma mulher conhecida do mundo público que te ligou pra pegar uma dica no sexo?", pergunta Carioca
"Não. Conhecidas, não", respondeu Raquel
Anúncios falsos:
"Nunca trabalhei com anúncio em jornal, mas normalmente eles são falsos. Os homens chegam na casa e dizem 'Vim à procura da Melina fogosa…', o gerente dá a desculpa de que ela está ocupada e sobra pra você", diz Bruna
"Aí você chega lá e é a Amanda", diz Mendigo
"Onde trabalhei, um cara chegou atrás da menina mestiça que não existia. Ele tava tão bêbado, que eu passei por japonesa. Mas aí, uma dica que eu dou é que o cara diga no telefone antes: 'Se não for você na foto, eu não vou pagar'. Tinha cliente que contava que imprimia a foto pra provar pra menina na hora: 'Olha, não é você'", conta Raquel
"Isso aconteceu comigo quando eu era boy. Na foto parecia uma Feiticeira. Cheguei lá e era uma coroa. Custava 70 reais, eu reclamei e ela fez por 30", conta Mendigo
Homens são tontos:
"Só náo gostei de uma coisa que a Bruna falou aqui: 'Os homens são tontos'", reclama Carioca
"Não é que eles são tontos, mas é que o homem não consegue imitar uma ejaculação, mas a mulher consegue", rebate Raquel
Quem manda mais? O homem ou a mulher?
"O homem está na mão da mulher e a maior ilusão dele é achar que manda na relação. As mulheres são muito mais inteligentes", diz Emílio
"As mulheres também traem, mas os homens não têm o mesmo feeling. As mulheres não conseguem ser enganadas, e elas sabem esconder muito bem", diz Raquel
Homens contam vantagem:
"Eu fui lá, juro. Paguei 200 contos. Você não vai lembrar de mim, porque foi muito no começo", revela Mendigo
"Mentira, ele gastava o dinheiro em fliperama", comenta Christian
"O defeito do homem é gostar de contar vantagem", diz Emílio
"Os homens aumentam muito. Quando vão contar para os amigos sobre a noite com uma mulher, dizem que gozaram tantas vezes e não foi nada daquilo. Às vezes não passou de um papai e mamãe", diz Raquel
Dúvidas que a galera tem na cama:
"No seu último livro, tem dúvida de homens e mulheres. Qual é a dúvida mais comum?", pergunta Emílio
"Feminino, é como fazer sexo anal sem sentir dor. E eu digo que não é um bicho de sete cabeças. E os homens querem saber como conquistar a mulher e convencê-la a fazer sexo anal, ou ser mais liberal na cama. Algumas são muito bonecas infláveis", responde
Como prender um homem?
"Uma mulher consegue prender o homem pela cama?", indaga Emílio
"Não. Isso eu acho que não existe", revela Raquel
"E pelo beliche?", pergunta Christian
"Como se prende um homem?", pergunta Emílio
"É um conjunto. Tem uma frase que diz: 'Toda mulher tem que ser uma puta mulher e uma mulher puta'. Tem quer ser leal, trabalhar, dividir as contas, porque já passou a época das mulheres serem submissas. Já aconteceu de uma mulher me mandar um e-mail, dizendo que queria mudar a vida sexual com o marido, se aperfeiçoou com pompoarismo, fez aulas de striptease, etc. Ela foi com ele para o motel, e o casamento acabou porque ele não admitiu que ela soubesse fazer tudo aquilo, acreditando que tivesse sido traído. Muitos homens são assim. Eles têm medo. Se ela é liberal comigo, é liberal com qualquer um", diz Raquel
Mendigo e Sabrina:
"O homem quer se possesivo, mas é a mulher que manda nele", diz Emílio
"Eu sou um caso a parte, bem. Mas você já fez striptease pra Sabrina, Mendigo?", pergunta Christian
"Várias vezes… (risos)", reponde Mendigo
Bate-papo com Amanda:
"No próximo bloco vamos discutir a vida de Amanda Ramalho", diz Emílio
"Eu fiquei abismada. Uma senhora com o cabelo comprido e cara de evangélica, estava lendo o livro de Bruna Surfistinha no ônibus, outro dia", diz Amanda Ramalho
Garotas de programa:
"É um assunto com muito tabu e preconceito. Mas o sexo é a diversão mais barata que existe", comenta Emílio
"Mas o Bola não acha isso, não", diz Mendigo
"Putz, gasto um baita dinheiro por mês. Barato, só se for lá pora onde você mora, Mendigo", entrega Bola
"O sexo nunca é de graça. Você tem que investir na conquista de uma mulher", revela Raquel
Sobre Bola e garota de 17 anos:
"Não estou namorando com ninguém. Calem a boca", diz Bola
"Um cara de 40 anos pegou uma de 17", comenta Emílio
"Nossa, pedofilia. É crime (risos)", brinca Raquel
"Ele não consegue se acertar. Qual é a sua opinião sobre ele?", pergunta Emílio
"Ele parece ser dominador. Possessivo? Pode ser…mas ele quer ter uma mulher totalmente submissa a ele, mas a maioria das mulheres querem ser as dominadoras hoje em dia", analisa Raquel
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