Temeroso com a hipótese de que a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), pudesse desencadear uma revolta, o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), deslocou quatro servidores da área de segurança do Senado para tomarem conta de suas propriedades em São Luís.
Os agentes Cláudio Hilário e João Percy do Carmo Pereira integram a equipe de segurança de Sarney no Congresso. Os outros dois, Paulo Cézar Ferreira de Oliveira e Jacson Bittencourt, são considerados homens de confiança de Pedro Araujo Carvalho, diretor da polícia do Senado.
O primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que não sabia da viagem. Apenas em hospedagem, os quatro agentes custaram cerca de R$ 4 mil ao Senado. “Eu teria de ficar sabendo, vou ver o que é que houve”, disse.
De acordo com Pedro Araujo Carvalho, a missão dos servidores do Senado era defender a casa de Sarney, na Ilha do Calhau, de uma eventual invasão. “O presidente nos pediu para fazer uma varredura na casa dele e dar apoio à segurança local porque tinha a notícia de que iam incendiar sua residência”, afirmou. A assessoria de Sarney confirmou ontem o teor da missão.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, eles chegaram na capital maranhense no dia 9 de fevereiro, véspera da data marcada para o julgamento de Lago no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador foi cassado pela corte apenas na quarta-feira da semana passada, quando o TSE também determinou a posse da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), segunda colocada no pleito de 2006. Apesar disso, Lago ainda recorre no cargo.
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