A ONU denunciou nesta segunda-feira (11/05) que os combates deste fim de semana no último reduto da guerrilha tâmil no norte do Sri Lanka causaram um “banho de sangue” com a morte de 380 civis, pelo menos 100 deles crianças.

“Damos por bons os dados de médicos do Governo presentes na região, que denunciaram a morte de 380 pessoas. Mais de 100 crianças estão entre os mortos”, disse o porta-voz da ONU no Sri Lanka, Gordon Weiss.

Weiss asseverou que a ONU “não atribuirá” a responsabilidade pelo massacre, do qual Governo e guerrilha se acusam mutuamente.

Após lembrar que há entre 50 mil e 100 mil civis presos no último reduto da guerrilha, contra a qual o Exército lançou sua ofensiva final, acrescentou que “a ONU já tinha avisado que haveria um banho de sangue porque estão no meio dos combates”.

Um trabalhador humanitário no terreno que é “impossível” saber o que está acontecendo na zona de combates porque não há observadores nela.

Mas acrescentou que o único que tem “capacidade militar para bombardear do ar é o Governo”.

Os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) resistem em uma faixa litorânea de apenas quatro quilômetros quadrados do distrito de Mullaitivu, no norte do Sri Lanka.

O Governo negou reiteradamente que esteja usando artilharia pesada ou bombardeios da aviação contra o reduto e acusou a guerrilha de se escudar na população civil e impedi-la de abandonar a área.


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ONU denuncia banho de sangue no Sri Lanka