Dois ultra-ortodoxos judeus foram detidos nesta segunda-feira (11/05), em Jerusalém, quando estavam com cartazes contra a presença no país do papa Bento XVI, que chegou em Israel para sua primeira visita oficial como pontífice.
“Dois homens foram interceptados por agentes policiais por estar com cartazes contra o papa”, disse o porta-voz da Polícia israelense, Miki Rosenfeld, acrescentando que os detidos “foram interrogados e colocados em liberdade”.
Um incidente semelhante ocorreu ontem na cidade israelense de Nazaré, com maioria de população árabe, onde outros dois homens foram detidos quando distribuíam panfletos contra a visita de Bento XVI.
“Os policiais os interrogaram, confiscaram o material que distribuíam e os colocaram em liberdade”, informou Rosenfeld.
Além disso, dois conhecidos ativistas da extrema direita religiosa israelense, Baruch Marzel e Itamar Ben-Gvir, apresentaram no tribunal de distrito de Jerusalém um processo para que a corte emita uma ordem de expulsão contra o papa.
No processo, os extremistas exigem que o pontífice devolva um candelabro (menorah), outros tesouros e milhares de escrituras judaicas que o imperador romano Tito levou quando destruiu o Templo de Jerusalém há quase dois milênios, e que, segundo eles, encontram-se nos porões do Vaticano.
Marzel e Ben-Gvir insistiram em que “os rabinos não devem se encontrar com o papa porque a Igreja Católica torturou e assassinou judeus e ajudou os nazistas”.