Depois de ter presenciado uma bela abertura por parte da banda gaúcha Cachorro Grande, com direito a participação de Samuel Rosa (vocalista do Skank), o público do Rio de Janeiro pôde ver na noite de quinta-feira (7) o Oasis pela terceira vez, já que o cultuado grupo inglês tocou na cidade em 1998 e em 2001, no Rock in Rio.

O clima deixado pela banda gaúcha e pelo cantor do Skank foi o melhor possível: juntos, eles tocaram dois covers de Beatles, I Saw Her Standing There e Helter Skelter. ”Eu vi com esses olhos que a terra há de comer… Liam Gallagher estava curtindo Cachorro Grande!!!”, entregou Samuel Rosa nos bastidores do show.


 


Faltando alguns instantes para as 22h, os irmãos Gallaghers e companhia subiram ao palco da casa noturna hoje conhecida como Citibank Hall – quando o Oasis fez ali, em março de 1998, seu primeiro show em solo brasileiro, o lugar ainda era conhecido como Metropolitan.

Mais experiente, o grupo foi, nesta noite, acima de tudo, o Oasis, e fez um típico show da banda – energético – que fez os cariocas pularem. A energia foi especialmente forte nas primeiras músicas, tocadas de forma crua, que fizeram casa de shows da Barra da Tijuca parecer um reduto punk. Rock’n’ Roll Star e, principalmente, Lyla e Cigarettes & Alcohol deixaram o Rio de Janeiro ensandecido!

Nas baladas, como sempre, o grupo de Manchester embalou seus fãs com seus refrões inesquecíveis: The Masterplan e Songbird garantiram bons momentos. Já em I’m Outta Time, eles executaram uma versão quase idêntica à registrada em seu último disco, Dig Out Your Soul, que pautou o concerto com seis das 21 músicas tocadas pelos ingleses no Rio, em cerca de uma hora e meia de show.

E, se a voz de Liam estava ótima e rasgada, como em uma mescla de John Lennon e John Lydon, seu irmão Noel comandou o grupo com sua guitarra, backings vocals certeiros, e ainda foi pra lá de correto nas canções em que assumiu os vocais, como em The Importance of Being Idle” e Falling Down.


 


Foi na clássica Don’t Look Back In Anger, porém, que Noel e o público carioca atingiram uma sintonia perfeita: o mentor do Oasis, apenas regeu a galera que cantou com todas as suas forças seu famoso refrão. Ali estava, à nossa frente, com seu violão e feliz da vida, o maior hitmaker do pop britânico nos últimos vinte anos.

I Am The Walrus, cover dos Beatles, fechou a noite e foi antecedida por Champagne Supernova, um dos hinos da banda, em que também esteve impecável na voz de Liam Gallagher. Não é a toa que a revista Q o classificou como a voz dos anos 90, se bem que, pelo que vimos no Rio, ele e sua banda estão em pleno 2009 com vigor e urgência pop de sobra.

Neste sábado (9), será a vez do público de São Paulo conferir o Oasis de perto. Depois eles seguem para Curitiba e Porto Alegre, onde encerram a turnê brasileira na terça-feira (12).


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Oasis no Brasil: baladas e energia punk oferecidas ao Rio de Janeiro