O italiano Flávio Briatore, chefe da Renault, explicou por que a equipe francesa pensa em uma possível saída da Fórmula 1, caso a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estabeleça mesmo o limite orçamentário (de 45 milhões de euros) para 2010. A ameaça da equipe, que tem hoje Fernando Alonso e Nelsinho Piquet como pilotos, foi feita um dia depois de a Ferrari anunciar o mesmo, seguindo decisões da Toyota, Red Bull e Toro Rosso. “Não teremos outra solução”, comentou Briatore. Com isso, já são cinco as equipes insatisfeitas com as mudanças propostas pela FIA.


 


A Associação das Escuderias da Fórmula 1 (Fota, em inglês) é contra o projeto liderado pelo inglês Max Mosley, presidente da FIA, de limitar os orçamentos das equipes a 45 milhões de euros, sem levar em conta salários dos pilotos e despesas de patrocínio.


 


Briatore comentou que as escuderias também querem reduzir custos, mas “de forma coordenada com as entidades reguladoras e comerciais do esporte”. Além disso, o chefão da Renault rejeitou “aceitar o controle unilateral por parte da FIA”.


 


A equipe francesa mostrou um “sentimento de frustração” por ter sido ignorada quando propôs uma redução de custos progressiva entre 2009 e 2012. 


 


Bernie Ecclestone pede calma


 


Enquanto Max Mosley diz que a F-1 pode continuar sem a Ferrari, única equipe que participou de todos os Mundiais desde a criação da categoria, em 1950, Bernie Ecclestone, presidente da FOM, tem sido mais, digamos, diplomático: “A Ferrari é a F-1 e a F-1 é a Ferrari”.


 


Detentor dos direitos comerciais da F-1, Ecclestone pede calma diante da ameaça da Ferrari. “Espero que a Ferrari não decida sair. Algo terá de ser feito para que todos sejam felizes, mas não será fácil”, ressaltou Ecclestone.


 


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