Durante a manhã da última quarta-feira, mais uma tentativa de legalizar a distribuição digital de música foi apresentada ao mercado brasileiro. Trata-se da Ponte D, distribuidora de música independente.

Criada pelos sócios paulistanos Dennys Motta, produtor e divulgador de rádio e TV e Nivaldo Fernandes, radialista, no mercado há 13 anos, a proposta da nova empresa é distribuir música independente para rádios online, lojas virtuais e telefonias móveis.

A ideia tem tudo para entusiasmar tanto os artistas independentes – que muitas vezes não têm conhecimento de como colocar suas músicas legalmente na web – como também as empresas de música online, que enxergam na Ponte D um facilitador, uma vez que além da edição das músicas e da distribuição de direitos autorais, também é responsável por todo o processo de conversão de arquivos para os formatos que lojas e rádios online aceitam.

O projeto é pioneiro e facilita a entrada de artistas independentes às lojas, que não têm como administrar diretamente a obra de cada artista por implicar em questões burocráticas como contrato de direito, edição, pagamento, prestação de conta, transformação de conteúdo físico pra digital e atendimento personalizado das dúvidas e problemas que possam surgir.

 

“Garantir que os artistas recebam seus direitos autorais e também que tenham a exposição necessária para tornar seu trabalho acessível, é o objetivo da Ponte D”, disse o sócio Dennys Motta, durante coletiva de imprensa.

 

Até o momento, a Ponte D tem como parceiras 19 lojas virtuais no Brasil, cinco empresas de telefonia móvel e mais de 40 no exterior. Entre as parceiras estão UOL Megastore, Sonora, Baixa Hits, I-musica, Claro, Oi, Tim, Vivo e Ctbc.

 

A digitalização das músicas é feita pela própria Ponte D, que repassa a faixa à cada loja no formato e compressão necessários, bem como com todas as especificações técnicas relacionadas ao processamento de direitos autorais.

O artista ganha com o download da faixa, cujo preço pode variar de R$ 0,99 a R$ 2,49.  Para usar o serviço da Ponte D, é preciso que o artista tenha material em qualidade fonográfica profissional e que as faixas sejam editadas. Esse processo de possuir uma editora é necessário, pois as lojas só aceitam músicas nessa condição, para que todos os direitos autorais sejam pagos. Caso o artista
não tenha uma editora, a Ponte D disponibilizará esse serviço por meio de uma editora própria da empresa.


int(1)

Distribuidora de música independente chega ao mercado nesta semana