Um dia depois da conquista da medalha de bronze na prova de 5 km na terça-feira (21), Poliana Okimoto voltou a cair na água na manhã desta quarta-feira. Desta vez, para nadar a prova dos 10 km no Mundial de Esportes Aquáticos, que se realiza em Roma. Terminou em sétimo lugar, com o tempo de 2h01min41s5. A primeira atleta da natação brasileira a conquistar uma medalha mundial considerou o resultado excepcional: “Foi uma prova com ritmo muito forte, mas nadei superbem. Apesar do resultado final, cheguei muito perto de todas que ficaram na minha frente.”
As duas provas nunca são realizadas em dias seguidos, mas um vendaval destruiu parte das instalações alterando o calendário. “Cansei um pouquinho da prova de ontem (terça). Competir num ritmo muito forte em dois dias é bem difícil, mas as meninas que nadaram melhor hoje foram as que não nadaram ontem. Então, acho que isso pode ter influenciado”, comentou Poliana.
A inglesa Keri-Anne Payne (2h01m37s1) liderou a prova de ponta a ponta. As demais se alternaram de maneira tão intensa que até a última volta era impossível determinar ao certo. A russa Ekaterina Seliverstova (2h01m38s0) terminou em segundo e a italiana Martina Grimaldi (2h01m38s6) foi a terceira.
Com exceção de Poliana e Ekaterina, nenhuma atleta neste Mundial conseguiu nadar as duas provas e terminar entre as dez primeiras. A campeã dos 5 quilômetros, a australiana Melissa Gorman, terminou os 10 em 29º e a medalha de prata, a russa Larissa Ilchenko, abandonou a prova. Ela, que desde ontem se queixava de dores na perna, não agüentou o ritmo de dois dias seguidos de maratona aquática.
Ana Marcela Cunha, de 17 anos, sofreu com a luta durante a prova e acabou na 22ª colocação (2h02m06s4). Ana chegou a estar entre as cinco primeiras, mas não conseguiu se desvencilhar do confuso e violento pelotão de nadadoras. Faltando 1500 metros para o final, ela foi atingida e feriu o olho esquerdo.
Prova masculina
O alemão Thomas Lurz conquistou o ouro nos 10 km. No dia anterior, ele havia sido campeão também nos 5 km. O pódio foi completado pelos americanos Andrew Gemmel e Francis Crippen, respectivamente. O bronze de Crippen, porém, é contestado pelos italianos, que pedem a desclassificação do nadador. Na alegação dos italianos, Crippen passou por fora na última bóia, que marca a linha de chegada, errando o percurso. Se confirmar, o bronze vai para o italiano Valerio Cleri.
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