A Telefônica quer retomar as vendas do Speedy, mas o especialista em Telecomunicações da Escola Politécnica, Marcelo Zuffo, alerta que a Anatel precisa de garantias do funcionamento adequado do produto. As seguidas panes no serviço de Internet oferecido pela empresa prejudicaram milhares de usuários de São Paulo. Com a gravidade do problema, a Anatel entrou com medida cautelar que impedia a Telefônica de comercializar o Speedy.
Na sexta-feira (17), a empresa apresentou um plano de estabilidade e reivindica a permissão para continuar as vendas. Para Marcelo Zuffo, o consumidor precisa de garantia de que novas interrupções não ocorrerão. O professor da USP disse que essa retomada só deveria acontecer após rígida avaliação da satisfação do cliente.
O presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, reconhece os transtornos que a empresa causou aos usuários e espera que novos problemas não ocorram. Mas ele não revela quanto a empresa deixou de arrecadar com a suspensão das vendas e garante que os usuários serão ressarcidos.
A Telefônica informou, ainda, que implementará mudanças em suas políticas de comercialização e atendimento para reduzir a insatisfação dos clientes. Entre as principais, está a contratação de 350 novos atendentes e a redução do número de ofertas e promoções do Speedy, para evitar dúvidas.
