A dupla gaúcha Kleiton e Kledir acabou de lançar seu primeiro disco de inéditas nos anos 2000 e resolveu fazer isso em grande estilo, com um especial em CD e DVD. Colocamo nas lojas pela gravadora Som Livre, Autorretrato foi gravado no tradicional Estúdio 1, no Rio de Janeiro, e mostra a dupla afiada e muito à vontade com seu novo repertório.
“Pra nós, (a gravação) foi algo muito prazeroso. Essa leveza do trabalho transparece tanto para quem ouve o disco quanto para quem vê o DVD”, comentou Kledir, em entrevista ao Virgula Música. “Nós adoramos esse trabalho e todo o processo foi muito agradável.”
O projeto foi dirigido por Edson Erdmann, responsável pelas gravações de A.M.I.G.O.S, Roberto Carlos & Luciano Pavarotti, Plácido Domingo nas Missões e muitos outros, e até sofreu alguns atrasos por conta do perfeccionismo do veterano diretor.
“Nós já eramos amigos de longa data. O Edson é um cara muito inventivo e gosta muito do que ele faz. Ele vai além do que ele pode, do que a gente quer e até do orçamento”, ri o cantor gaúcho.
“As vezes nós falávamos que as ideias que ele tinha não eram compatíveis com o dinheiro disponível, mas mesmo assim ia atrás. Chegou até a ir pra Nova York pra trazer alguns equipamentos”, continuou. “Ele é criativo demais e ajudou a transmitir esse clima de amizade para as câmeras.”
Comemoração
E esse lançamento já começa a aquecer os fãs para 2010, ano em que a dupla completa 35 anos da gravação de seu álbum de estreia, que leva o nome da sua antiga banda, Almôndegas.
Apesar de dizer que não se preocupa com essa questão de datas, Kledir dá aos fãs uma pista do que pretende fazer para não deixar esse aniversário tão importante passar em branco.
“Não pensamos muito nisso, mas queremos reunir os Almôndegas para fazermos um registro. Na época da gravação, a tecnologia ainda era precária e nós gostaríamos de gravar melhor essas músicas, que são tão boas”, revela ele.
“Queremos chamar todos os músicos que passaram pela banda entre os quatro discos que lançamos juntos. Tem muita coisa bacana nesse repertório e ele continua muito atual. É um conceito clássico e merece um pouco mais de atenção do que teve na época”, finalizou.
