A mudança do calendário brasileiro continua sendo pauta dos principais críticos em êxodo de jogadores no meio do Campeonato Brasileiro. No entanto, o questionamento começou a ganhar força entre os presidentes dos clubes.

Após Luis Gonzaga Belluzzo, comandante do Palmeiras, apoiar a mudança para que os times consigam ter um planejamento para a temporada, a vez foi de Roberto Horcades, principal homem do Fluminense.

“Seria fundamental esta adaptação, pois a janela no meio da temporada prejudica o futebol brasileiro com a piora do nível técnico dos elencos e o esvaziamento financeiro dos clubes”, afirmou Horcades.

Quando perguntado sobre o assunto, Belluzzo comentou que a alteração no calendário poderia ajudar a situação econômica dos times também. O mandatário do Palmeiras disse que se adaptando aos europeus, as equipes poderiam disputar torneios de verão como aconteceu com o América do México, ante Milan, Inter de Milão e Chelsea, com o Boca, que enfrentou Manchester United e Milan, e a LDU, que atuou ante o Real Madrid.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, cogita a possível mudança, mas alerta que falta uma unidade entre as agremiações para a mudança. “O grande problema para alterarmos o calendário é a falta de unidade. Nem todo mundo é a favor. O São Paulo, por exemplo, é contra, enquanto outros clubes são a favor. Temos que ouvir também os patrocinadores, sem falar nas federações. Como se vê, o assunto é complexo, não pode ser resolvido com uma canetada”, disse o mandatário da entidade.

Outro a questionar a mudança foi o Goiás. “Essa medida precisa ser estudada, mas eu acho que não precisa adaptar o modelo brasileiro ao europeu. As condições climáticas, financeiras e estruturais são muito diferentes. O futebol brasileiro ainda tem a necessidade de exportar jogadores para os clubes sobreviverem”, completou Syd de Oliveira, comandante do clube esmeraldino.


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Dirigentes do futebol brasileiro divergem sobre adaptação ao calendário europeu