Uma gravação de John Lennon sendo entrevistado pelo editor da Rolling Stone Jann Wenner em 1970, logo após a dissolução dos Beatles, vai ganhar o público pelas mãos de Mikal Gilmore na edição do mês que vem da revista americana.

As fitas, nunca publicadas anteriormente, trazem uma longa entrevista com o amargurado guitarrista e prometem lançar um novo olhar sobre o processo de dissolução da maior banda de todos os tempos, mostrando um Lennon diferente daquele que todos conhecem.

Um trecho da gravação já foi mostrado no programa Entretainment Tonight na última quarta feira, onde pode-se ouvir o líder da banda dizendo que os Beatles se venderam e que a banda ficou estacionada no tempo desde o começo dos anos 60.

“Nós nos vendemos e isso me deixava enjoado”, diz o irritado Lennon na gravação. “Nós começamos a ser alimentados para sermos escudeiros de Paul McCartney. Ficamos estacionado no tempo e por isso nós nunca melhoramos.”

O programa também exibiu um trecho da gravação onde o vocalista falava sobre a relação da banda com Yoko Ono, considerada por muitos beatlemaníacos e outros especialistas como o pivô central da separação do Fab Four.

“Eles insultaram a minha esposa. Eles a desprezaram… Me pareceu que eu teria de ser casado e feliz com a banda ou com Yoko. Então eu escolhi a Yoko”, desabafou Lennon. “George Harrison insultou minha esposa na frente dela e eu não bati nele. Eu não sei o porquê. Ringo não disse nada, mas os outros dois nos atingiram. Eu nunca irei perdoá-los.”

O artigo de Mikal Gilmore lançando novamente os holofotes para a conturbada e controversa separação dos Beatles chega às bancas na edição de setembro da Rolling Stone.


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Entrevista com John Lennon de 1970 mostra outro lado da separação dos Beatles