Nesta última quarta-feira, em jogo marcado pela classificação francesa para a Copa do Mundo da África do Sul, o francês Thierry Henry foi protagonista na vitória de sua equipe sobre a Irlanda. O lance capital da partida foi justamente o gol da França, no qual o atacante teve participação direta: ele dominou a bola com o braço, carregou-a e tocou para o meio da área, com Gallas apenas completando para o fundo das redes. Infelizmente, o fato nos faz lembrar que a arbitragem mundial realmente não vai bem das pernas – e do apito -, e que, também, este não é o primeiro tento assinalado com uma ajudinha do braço de um jogador.
No ano passado, no 1º jogo semifinal do Paulistão, São Paulo e Palmeiras jogaram no Morumbi. O placar final do jogo foi 2 a 1 para o Tricolor, e o primeiro gol daquela partida foi marcado pelo Imperador Adriano: de manchete. Após cruzamento na área adversária, o atual centroavante do Flamengo saltou e esticou o braço, ludibriando o juíz Paulo César de Oliveira, que estava mal posicionado no lance. Agora, em 2009, novamente um lance parecido, com André Lima, atacante do Botafogo, anotando o gol carioca contra o Corinthians, no Pacaembu, praticamente empurrando a bola para dentro com as mãos.
Em um passado mais distante, no extinto Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o famoso “Robertão”, também ocorreu um lance parecido. Em um Fla-Flu do ano de 1968, o goleiro Marco Aurélio, do Flamengo, teve a bola retirada de sua posse através da mão do jogador tricolor, Wilton, que depois, só colocou para o fundo das redes.
Mãozinha Hermana
Em uma listagem de gols de mão, o mais famoso deles não poderia faltar. “La mano de Dios” é o nome do lance de Diego Armando Maradona na Copa do Mundo de 1986, diante da Inglaterra, nas quartas-de-final da competição. Os mexicanos que estavam no estádio foram ao delírio quando o pequeno argentino saltou sobre o goleiro inglês e, com um sutil toque de mão, fez o árbitro e o parte do mundo acreditarem que ali estava ocorrendo um gol de cabeça.
Sorte dos hermanos naquela ocasião, azar nove anos depois. E diante do Brasil. Na Copa América de 1995, disputada no Uruguai, a Argentina teve a má sorte de cruzar com Túlio Maravilha e os brasileiros pela frente. Nas quartas-de-final, o atacante falastrão dominou uma bola visivelmente com o braço, e só teve o trabalho de bater cruzado para decretar o empate do confronto. Nos pênaltis, deu Brasil.