O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira aos países desenvolvidos e emergentes que, numa prova de liderança, aprovem o acordo de Copenhague contra a mudança climática.
“Hoje, peço aos líderes dos países industrializados que estão aqui que deem o primeiro passo. Se o derem, os outros o seguirão. E, aos dos países em desenvolvimento, peço que acelerem seus esforços”, declarou Ban na abertura da conferência mundial sobre a mudança climática, que acontece na sede da ONU em Nova York.
Ban disse ainda que um “fracasso no alcance de um acordo amplo em Copenhague será moralmente indesculpável, economicamente míope e pouco sábio politicamente”. As negociações para o acordo que será votado na cúpula de dezembro, em Copenhague (Dinamarca), avançam a um ritmo muito lento, destacou Ban.
“Estas negociações avançam a uma velocidade de geleira. As grandes geleiras do mundo desaparecem mais rápido que os progressos humanos para protegê-las”, disse Ban, que usou um tom mais duro que o habitual.
Por conta disso, Ban pediu que países desenvolvidos e em desenvolvimento ajam. Além disso, afirmou que a reunião de Copenhague será para “um teste de liderança” para os líderes mundiais.
“Vocês têm que deixar de serem líderes nacionais para serem líderel globais e atender às necessidades de seus povos”, disse Ban, que fez um apelo para que os Governos deem aos negociadores apoio político direto para solucionar os assuntos centrais e acelerar as negociações, além de apresentar uma oferta mais ambiciosa.
O diplomata também pediu às nações industrializadas e emergentes que, em vez de pedirem concessões umas às outras, vejam de que maneira podem contribuir para um bem maior. “Um acordo bem-sucedido em Copenhague significará mais prosperidade, segurança e igualdade para todos”, acrescentou Ban.