As instituições que irão utilizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de seleção de novos alunos estão dispostas a fazer mudanças em seus calendários desde que não haja atraso no início das aulas em 2010. As universidades e institutos federais só irão decidir se farão alterações em seus calendários após a definição da nova data do exame, que será anunciada na quarta-feira (7).
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alan Barbiero, após a definição, cada universidade definirá o que fará em seu calendário de seleção.
Queremos garantir o sucesso do Enem, mas é claro que temos grande preocupação de garantir o ingresso no início do primeiro semestre, afirmou.
Com o adiamento do Enem, o exame provavelmente vai coincidir com vestibulares de universidades federais. Segundo Barbiero, o MEC apresentou um levantamento com as datas de todas as seleções do país. O objetivo é buscar uma data que tenha impacto menor para instituições e alunos.
A definição da data é uma responsabilidade do MEC. O que vamos fazer é buscar adequação do calendário. Vamos fazer um esforço para fazer adequação, umas [universidades] vão se adequar, outras não, disse Barbiero.
Apesar da indefinição e da garantia de autonomia às universidades, que poderão inclusive deixar de utilizar a notas do Enem, Barbiero disse que há, entre os reitores, um sentimento coletivo de manter a adesão ao exame nacional.
Cada universidade participou de forma autônoma [na adesão ao Enem], qualquer mudança será decisão de cada universidade. O que posso afirmar é que um existe sentimento coletivo de confiança e de apoio ao MEC de que vamos utilizar o Enem, afirmou.
Até agora, nenhuma universidade ou instituto federal desistiu de utilizar o Enem na seleção de estudantes, segundo a Andifes e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Conif), que reiteraram o apoio ao MEC. Temos que ter disposição de fazer ajustes nos nossos calendários, disse o presidente do Conif, Paulo Cesar Pereira.
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