Cem brasileiros de todas as regiões do país e com diferentes perfis socioeconômicos consultados sobre questões relacionadas às mudanças climáticas defenderam o estabelecimento de metas de redução das emissões de gases do efeito estufa, a taxação de combustíveis fósseis e a criação de um fundo internacional para enfrentamento dos impactos do aquecimento global.

O grupo brasileiro foi um dos 39 de diferentes países a participar da pesquisa, organizada pelo Comitê Dinamarquês de Tecnologia. Em dezembro, a capital da Dinamarca, Copenhague, será sede da reunião da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que deve definir um novo acordo climático global para o pós-2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.

Para os brasileiros, selecionados com base em critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para composição da amostra, as questões climáticas são urgentes. Cerca de 90% dos entrevistados defenderam a necessidade de se chegar a um acordo efetivo em Copenhague. Pelo menos um em cada quatro acredita que o preço dos combustíveis fósseis deve ficar mais alto para desestimular o consumo, principalmente nos países responsáveis pelas maiores emissões de gases poluentes e de efeito estufa.

Entre as recomendações do grupo brasileiro também estão a criação de um fundo global para financiar tecnologias de adaptação às mudanças climáticas e a sobretaxação no comércio internacional de produtos de países que não se comprometerem com um novo acordo climático global.


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Brasileiros fazem recomendações para novo acordo climático