O líder cubano Fidel Castro qualificou hoje (10) como “positiva” a concessão do Prêmio Nobel da Paz ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a considerou uma crítica à “política genocida que seguiram muitos presidentes desse país”.
Em um novo artigo de suas “Reflexões” divulgado pela imprensa oficial, o ex-presidente, de 83 anos, adverte que nem sempre compartilha as posições que outorgam o Nobel, mas que se vê “obrigado a reconhecer” que nestes momentos é “uma medida positiva”.
“Muitos opinarão que (Obama) não ganhou ainda o direito a receber tal distinção. Desejamos ver na decisão, mais que um prêmio ao presidente dos Estados Unidos, uma crítica à política genocida que seguiram não poucos presidentes desse país, os quais conduziram o mundo à encruzilhada onde hoje se encontra”, afirma Castro.
O ainda primeiro-secretário do governante Partido Comunista de Cuba acrescenta que o Nobel a Obama é “uma exortação à paz e a busca de soluções que conduzam à sobrevivência da espécie”.
Segundo Castro, “compensa o revés que sofreu em Copenhague ao perder a disputa da sede das Olimpíadas de 2016, que provocou ataques irados de seus adversários de extrema direita”.