A Comissão Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (CICAA) começa neste sábado em Recife uma reunião de 50 países que determinará cortes na pesca do atum vermelho e as possíveis restrições a seu comércio, para tentar recuperar essa espécie.
Os membros da CICAA realizam até o dia 15 sua sessão anual, que nesta ocasião se centrará nas medidas mais adequadas para readquirir as reservas do atum vermelho do Atlântico e do Mar Mediterrâneo, que estão em um estado muito crítico.
Entre os principais assuntos sobre a mesa está a redução de Totais Admissíveis de Capturas (TAC) desse recurso para 2010. A Comissão Europeia participa em nome da União Europeia (UE) e está disposta a aceitar que o TAC de atum vermelho diminua das 22 mil toneladas atuais “para 15 mil”, segundo várias fontes.
O comissário europeu de Pesca, Joe Borg, disse que a CICAA tem que agarrar “o touro pelos chifres este ano” e acertar “decisões difíceis” para garantir o futuro da pesca.
No entanto, dos resultados desta reunião depende o avanço de uma proposta mais controvertida, proposta por Mônaco, que alarmou o setor nos últimos meses e que consistiria em proibir o comércio internacional de atum vermelho.
Essa iniciativa consistiria em classificar esse peixe como espécie em perigo dentro do Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres, o que na prática implica proibir sua venda. Mas a ideia de proibir a venda desse peixe foi aplaudida pelos ecologistas e rejeitada pelas organizações de pescadores.