O filme Lula, o Filho do Brasil, que conta na grande tela a história da vida do presidente brasileiro, será exibido nesta terça (17) pela primeira vez na abertura do Festival de Cinema de Brasília.
O longa, dirigido por Fabio Barreto, conta os primeiros 35 anos da vida de Luiz Inácio Lula da Silva e, em sua estreia, será privilégio de apenas 1.200 convidados.
Lula não deve estar presente hoje no festival e optou por ver o filme em particular, em uma data ainda não definida. A estreia nacional está prevista para 1º de janeiro, dez meses antes das eleições.
O filme é baseado em uma biografia escrita por Denise Paraná e narra a história do presidente desde seu nascimento, em 1945 em Vargem Grande (atual Caetés), no meio do sertão do estado de Pernambuco, até a morte de sua mãe, em 1980.
Apesar da importância de Lula na vida política brasileira, o longa se centra em sua vida particular, seus dramas pessoais e seus amores, assim como nas conflituosas relações com seu pai e na enorme devoção que tinha pela mãe.
“É um filme sentimental, é a vida de uma família, de um povo e de boa parte do Brasil”, comentou recentemente José Ferreira da Silva, irmão de Lula, que colaborou nas filmagens.
O filme exclui assuntos como a fundação do PT ou muitos dos aspectos puramente políticos da vida de Lula, pois, segundo Barreto, a intenção é mostrar a epopeia dos mais pobres através de uma “história de superação”.
Em declarações recentes, o diretor disse que seu objetivo com o filme, cujo custo foi calculado em R$ 20 milhões, é “falar sobre a luta de um ser humano pela subsistência”.
Barreto afirmou estar consciente de que a estreia do filme em um ano eleitoral pode causar suspeitas, pelo efeito que uma história tão comovente entre os eleitores pode ter, mas assegurou que sua visão sobre Lula é exclusivamente “humana”.
Os principais nomes do filme são Rui Ricardo Diaz, que interpreta Lula adulto, e Glória Pires, que encarna a mãe do presidente, personagem-chave na história.