Depois de uma longa reunião com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (23) o direito de o governo do Irã desenvolver seu programa nuclear. No entanto, Lula ressaltou que a posição brasileira é defender um programa que obedeça o objetivo de fins pacíficos e respeite os acordos internacionais, a exemplo do que faz o governo do Brasil.
Esse é o caminho que o Brasil vem trilhando em obediência à nossa Constituição que proíbe a produção e utilização de armas nucleares. Não proliferação e desarmamento mundial devem andar juntos, disse Lula ao lado presidente do Irã. Ambos deram declarações conjuntas e responderam a duas perguntas de jornalistas brasileiros e estrangeiros.
Há polêmicas envolvendo o programa de energia nuclear do Irã que é suspeito de ocultar a produção de armas nuclear capazes de efeitos em massa. Os organismos internacionacionais responsáveis pelas fiscalizações enviam frequentemente inspetores para que analisem documentos e as usinas iranianas.
Lula afirmou que o Brasil sonha com um Oriente Médio livre de armas nucleares e encorajou o presidente iraniano a continuar o engajamento com países interessados de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear iraniana.
Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver programa nuclear para fins pacíficos com todo o respeito aos acordos internacionais, reiterou o presidente Lula. O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina.
Segundo Lula, se o governo iraniano seguir as normas internacionais e tiver posição semelhante à brasileira contará com seu apoio. Encorajo assim vossa excelência a continuar o engajamento com países interessados de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear iraniana, afirmou o presidente brasileiro.