Menino com doença rara come gesso e precisa de quarto 'não comestível'
Crianças geralmente tem hábitos alimentares peculiares, mas o garoto Zach Tahir, de 6 anos, tem um motivo maior para alimentar vontades estranhas. Ele sofre de uma rara doença que o faz querer ingerir objetos, digamos, nada apetitosos e/ou comestíveis, como pedra, papel e até musgo!
“Não há limite para o que ele vai tentar comer. Nós não sabemos o que o agrada, para tirar os objetos ao seu redor. Não há nada que possamos fazer para detê-lo quando ele resolve roer algo”, lamenta a mãe do garoto Rachel Horn, de 32 anos.
Conforme reportagem do “Daily Mail”, Zach sofre de um mal conhecido como pica e isso faz com que ele tenha hábitos alimentares estranhos.
Uma das coisas que o garoto mais gosta de comer é gesso. Com isso, os pais precisaram providenciar um presente de aniversário inusitado para ele: um quarto novo, já que o antigo foi totalmente roído, por conter paredes feitas com o material.
Depois da reforma do cômodo, tudo foi deixado “menos atraente” ao paladar do menino. A mãe explica que as paredes, por exemplo, são revestidas com um material resistente e brilhante, os móveis são à prova das mordidinhas do pequeno roedor e câmeras o vigiam durante todo o tempo. “Os armários e cômodas foram feitos com bordas arredondadas e instalados de modo que ele não possa morder”, conta.
O quarto foi o primeiro a ser planejado para uma pessoa que sofre do transtorno e custou R$ 108 mil à família, que vive em Salford, na grande Manchester, e contou com a ajuda de doações para terminar a obra.
“É uma grande preocupação saber que Zach coloca qualquer coisa na boca. Quando ele começou a comer madeira, eu fiquei apavorada com medo de ele machucar a boca ou engolir um pedaço grande e sufocar”, lembra a mãe.
A saga do garoto comedor de coisas estranhas começou quando ele deu seus primeiros passinhos sozinho e passou a comer musgo. “Ele gosta de coisas com pouca textura, como musgo e papel. São coisas que ele pode mastigar por um bom tempo. É preocupante para mim como pai. Você se preocupa com o tipo de germes que ele pode estar ingerindo”, diz o senhor Horn.
Curiosamente, Zach, que é autista e não pode falar, nunca precisou de qualquer tratamento médico por ter ingerido algo estranho.