A Polícia Federal (PF) investiga se o governador José Roberto Arruda (DEM), do Distrito Federal, recebeu dinheiro não declarado da Construtora Camargo Corrêa para financiamento de campanha.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a PF constatou repasses nas eleições de 1998 e 2002. Pelo menos três doações em 1998 que somam US$ 637,6 mil foram identificadas pela PF. Já com relação ao ano de 2002, os investigadores não identificaram repasses diretos, mas apostam que a transferência de recursos pode ter ocorrido através de terceiros.
A suspeita surgiu em documentos apreendidos na residência de Pietro Bianchi, executivo da Camargo Corrêa acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Bianchi e outros dois dirigentes da construtura, Fernando Arruda e Darcio Brunatto, são alvos da Operação Castelo de Areia.
Segundo o Estado de S. Paulo, na página 54 dos arquivos de Bianchi constam anotações sobre nove registros de pagamento a “campanhas políticas” em Brasília, São Paulo e Bahia. Em uma delas há a anotação “camp. política Brasília-Arruda”. Os valores relacionados às doações teriam sido de US$ 80.496, US$ 157.790 e US$ 399.360.
