O responsável das Nações Unidas sobre mudança climática, Yvo de Boer, pediu neste domingo (6), na véspera da conferência da ONU sobre o tema, um acordo ambicioso e efetivo que responda a um momento político único.
“Nunca em 17 anos de negociações climáticas tantas nações fixaram compromissos firmes juntas. À espera de mais passos, Copenhague já é um ponto de inflexão na resposta internacional à mudança climática”, disse De Boer, em entrevista coletiva no centro de congressos Bella Center, que a partir de desta segunda (7) até o dia 18 receberá a cúpula, que ficou conhecida como COP15.
De Boer pediu aos Governos mundiais que respondam ao “desafio urgente” da mudança climática e lembrou que agora contam com o “sinal mais claro nunca antes dado” para pactuar propostas sólidas que possibilitem uma ação rápida.
Os governos devem concordar ações em três campos, lembrou De Boer. São elas: implementação rápida e efetiva sobre mudança climática; compromissos ambiciosos para limitar e cortar emissões, incluindo financiamento no curto e no longo prazo; e uma visão compartilhada no longo prazo sobre um futuro de baixas emissões de dióxido de carbono (CO2) para todos.
O financiamento da mitigação e da adaptação dos países ricos às nações em desenvolvimento deve ser “um dinheiro real e significante, imediato e adicional, não reproduzir compromissos prévios”, afirmou De Boer, que destacou os sinais “encorajadores” no campo mostrados pelo Japão e pela União Europeia (UE).
A presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no dia 18, na COP15, permite supor que também anunciará uma contribuição importante no financiamento, segundo De Boer.
Os países em desenvolvimento necessitarão uma ajuda anual de US$ 10 bilhões a partir de 2012 para iniciar planos de ação imediata de redução de emissões e estratégias de adaptação.