O papa Bento XVI manifestou nesta sexta-feira (25) sua preocupação com o Oriente Médio e pediu aos habitantes da região para que deixem a violência e a vingança. Bento XVI disse ainda que a Igreja vai ajudar Honduras a “retomar o caminho institucional” e que esta é fator de identidade na América Latina e não pode ser substituída de modo algum.

O pontífice fez estas manifestações durante a tradicional mensagem de Natal, pronunciada do balcão da basílica de São Pedro a dezenas de milhares de pessoas presentes.

“A Igreja vive onde Jesus nasceu, na Terra Santa, e pede a seus habitantes que abandonem toda lógica de violência e vingança, e se comprometam com renovado vigor e generosidade no caminho da convivência pacífica”, afirmou o papa.

O Bispo de Roma acrescentou que, em um dia como este, também pensava “nos demais países do Oriente Médio, na situação no Iraque e naquele pequeno rebanho de cristãos que vive naquela região”.

O papa denunciou que os cristãos do Oriente Médio às vezes sofrem “violências e injustiças”, mas estão sempre dispostos a dar sua própria contribuição à edificação da convivência civil, “oposta à lógica do enfrentamento e da rejeição de quem está ao lado”.

Bento XVI também defendeu a reconciliação e a paz no Sri Lanka, na península coreana e nas Filipinas. Além disso, ergueu a voz para “implorar o fim de todo abuso” na República Democrática do Congo.

Ao citar a América Latina, o papa disse que nenhuma ideologia pode substituir a Igreja, descrita como solidária aos afetados pelas calamidades naturais e pela pobreza. Em seguida, pediu acolhimento aos que emigram de sua terra por causa da fome, da intolerância ou da degradação ambiental.

O pontífice disse ainda que a Igreja não tem medo, já que Cristo é sua força e a esperança do homem, inclusive “nesta época marcada por uma grave crise econômica – mas antes de nada de caráter moral – e por guerras e conflitos”.


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Papa pede fim da violência no Oriente Médio