A Polícia Civil de Alagoas conseguiu prender, nesta segunda-feira, o cabo da Polícia Militar Everaldo dos Santos, pai da menina Eloá Pimentel dos Santos, que morreu em outubro de 2008, após ser mantida em cárcere privado por mais de 100 horas pelo próprio namorado, Lindemberg Alves, em um apartamento na cidade de Santo André.
Everaldo, que estava foragido há 18 anos, teria sido localizado em uma casa na cidade de Maceió, após denúncia anônima, e reagiu à prisão, informou a delegada Lucy Mônica, chefe do setor de estatística da Polícia Civil. Ele seria um dos principais membros da Gangue Fardada, organização criminosa que atuou no território alagoano durante o começo da década de 1990, devendo responder por quatro assassinatos.
Julgado à revelia em novembro, o cabo foi condenado a 33 anos, três meses e 22 dias de prisão pela morte do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa, e de seu motorista, Antenor Carlota, em 1991. Além da prisão, o pai de Eloá deveria arcar com indenizações de R$ 653 mil para a família de Lessa e mais R$ 146 mil para os parentes de Carlota.
