Pousou na base aérea do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, no início da tarde desta sexta-feira (15), o avião que trazia 16 dos 25 militares brasileiros que ficaram feridos no terremoto de 7 graus na escala Richter que, na terça-feira (12), atingiu o Haiti, deixando cerca de 45 mil mortos, segundo a Cruz Vermelha. Dois soldados, que deveriam ter retornado, optaram pela permanência no território haitiano.
A aeronave da Força Aérea Brasileira deixou o país da América Central por volta das 6 horas da manhã, e seguindo procedimento padrão, informou o Exército, os militares ficarão ao menos uma semana internados no Hospital Militar, que fica no Cambuci, em São Paulo, de quarentena. O avião segue para o Rio de Janeiro, onde será reabastecido e retornará ao Haiti, levando mantimentos, remédios, equipamento e pessoal especializado em trabalhos de resgate.
Durante evento em Genebra, na Suíça, Corinne Momal-Vanian, porta-voz das Nações Unidas, destacou que a ONU lançará um apelo emergencial pedindo aproximadamente US$ 500 milhões para os sobreviventes do tremor, enquanto Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), explicou que 17 equipes buscam por vítimas da tragédia em Porto Príncipe, com outras seis a caminho, já que “existem bolsões de sobreviventes. Não devemos abandonar a esperança (e) as equipes estão trabalhando noite e dia”.
No final da manhã, o Itamaraty confirmou que Celso Amorim, ministro de Relações Exteriores, conversou com o ministro de negócios estrangeiros da Austrália, Stephen Smith, em busca de um programa conjunto de auxílio às vítimas do tremor. A ideia é de que o programa tenha média ou longa duração, e o órgão anunciou ainda que hospitais particulares já informaram que podem enviar médicos para o país, enquanto uma empresa de água ofereceu 90 mil garrafas.