Chelsea, Milan e Internazionale de Milão estão tecnicamente falidos, afirma um estudo econômico e financeiro sobre os principais clubes europeus apresentado nesta sexta-feira (7) em Barcelona.
Realizados pelas universidades espanholas de Barcelona e Abat Oliba CEU, o estudo analisa a situação financeira de 11 clubes europeus – Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Bayern de Munique, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Juventus, Inter, Milan e Roma – com base nos balanços contábeis das últimas sete temporadas.
O relatório conclui que o Chelsea tem um prejuízo de -423 milhões de euros, enquanto o patrimônio líquido do Milan soma -64 milhões de euros e o da Inter, -50 milhões de euros.
Por outro lado, Bayern de Munique (3,09 milhões de euros), Manchester United (2,61 milhões de euros) e Roma (1,89 milhões de euros) apresentam os índices de solvência (ativo total menos dívida líquida) mais elevados.
Na temporada 2008-2009, o Real Madrid foi o clube de receita mais alta, com 401,4 milhões de euros, seguido pelo Barcelona, com 365,9 milhões de euros e cujo faturamento nesta temporada deve chegar a 415 milhões de euros.
Depois, vêm Manchester (327 milhões de euros), Bayern (289,5 milhões de euros) e Arsenal (263 milhões de euros).
Os clubes mais endividados da Europa são Arsenal (750 milhões de euros), Chelsea (701,7 milhões de euros), Real Madrid (683,3 milhões de euros) e Barcelona (489,3 milhões de euros). No entanto, o Chelsea é o único dos quatro com um ativo total inferior à dívida que acumula, o que o coloca tecnicamente em quebra.
Real Madrid (390 milhões de euro), Inter de Milão (375 milhões de euros) e Barcelona (361,7 milhões de euros) foram as equipes europeias que mais gastaram dinheiro gastaram na temporada passada, sendo que o Barça foi o que destinou mais recursos ao pagamento de contratos e amortização de seus jogadores (255,2 milhões de euros).
Inter e Chelsea foram os dois únicos clubes do ‘top ten’ europeu que, só em pagar e amortizar jogadores, gastaram mais dinheiro do que receberam durante toda a temporada, uma prova da gestão que levou ambos aos meros vermelhos.
Outra das conclusões interessantes do estudo é que o futebol de Itália e Espanha estão atravessando atualmente uma delicada situação econômica.
No caso do futebol espanhol, fora Barça e Real, nenhum outro clube do país está entre os 30 maiores da Europa.
Na Itália, os principais clubes não dispõem de um estádio próprio que possa servir como motor econômico para melhorar seus balanços.
Assim, enquanto clubes como o Arsenal, com o novo Emirates, ou o Bayern de Munique, com a Allianz Arena, garantem suas contas com a exploração comercial de seu ativo patrimonial, equipes de ponta da Itáli (Inter de Milão e Milan com o San Siro; Juventus e Torino, com Delle Alpi; e Roma e Lazio, com o Olímpico) continuam compartilhando estádios de propriedade municipal.