Os maiores shows prometidos para o Sonar marcaram a primeira noite do festival em Barcelona, nesta sexta-feira. O pop eletrônico dos grupos Air, LCD Soundsystem e Hot Chip fizeram a cabeça do grande público que cantou junto, gritou e dançou horrores. Mas a noitada no Fira Gran Via 2 não agitou apenas com hits teve também destaque para os sons em ascensão do Reino Unido.
O SonarLab foi um caldeirão dedicado aos novos ritmos urbanos que emergem do Reino Unido. O palco a céu aberto ficou cheio e fervido durante boa parte dos sets. Chegou a parecer um baile funk genuíno com danças sensuais, mas sem a mesma pegação. O gênero do momento UK Funky, que soa como uma mistura de deep house e dubstep, brilhou nas mãos dos ingleses Joy Orbinson e Roska. Enquanto o branquelo mostrou referências mais eletrônicas e sombrias, o último bombou com vocais e batuques afro. Alemães, espanhóis e ingleses caíram no rebolado desordenado na pista.
Ainda no mesmo palco, o aguardado show do Flying Lotus superou expectativas. Na sua mistureba abstrata dava para sentir algumas referências com sons similares a Tim Maia, Bob Marley e Miles Davis. Com faixas dos seus dois álbuns, o americano mostrou toda a sua potência no SonarLab, e a galera pediu bis. O cara fechou com house music de pegada negra, super coerente. Enquanto isso, do lado de dentro do SonarClub, o Aeroplane conduzia a jornada com sua disco hipnótica no momento mais Studio 54 do festival. O grande globo espelhado colaborou para transformar o pavilhão em uma grande pista de dança!
Em um dos corredores de passagem, camisetas com a marca UR – da gravadora histórica Underground Resistance – se misturavam com gente que vestia a logo do Plastikman, alcunha do Richie Hawtin. Por volta de 2h30, o top produtor já castigava seus fãs com bumbos atômicos do seu techno retro-futurista, no SonarPub que parecia uma rave e foi o espaço mais cheio a noite toda. A animação deste grande palco começou duas horas antes com o show do Hot Chip, o mais lotado do dia. O Air ajudou a fazer a galera chegar cedo no festival, muitos franceses conterrâneos foram conferir o show do duo, que tocou faixas recentes do disco Love 2.
Além de shows pop e novas tendências, a primeira noite foi nostálgica com o show da banda de black music Sugarhill Gang. Com MCs, DJs e músicos diversos no palco, os americanos prestaram homenagem a Michael Jackson tocando Billie Jean em ótima versão funky.
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