O atacante David Villa, que marcou cinco gols na Copa do Mundo da África do Sul pela seleção espanhola e ajudou a ‘Fúria’ a conquistar o título mundial afirmou hoje que temeu pelo futuro da equipe na competição antes da partida contra o Chile, a última da Espanha na primeira fase.
“As duas horas anteriores à partida contra o Chile, foram o momento em que mais senti medo em toda minha carreira”, afirmou, em entrevista publicada pela empresa de material esportivo que o patrocina.
Naquele duelo, a seleção espanhola corria o risco de ser eliminada caso fosse derrotada, não chegando sequer às oitavas de final.
“Percebi o mesmo sentimento em muitos companheiros, mas quando fomos a jogar os medos se tiraram. Sabíamos que com nosso potencial, qualidade individual e jogadores que tínhamos, seria um fracasso muito grande não haver passado a fase de grupos”, acrescentou.
Para Villa, a melhor partida da Espanha na África do Sul foi nas semifinais contra a Alemanha.
“Exceto contra a Alemanha, todos os nossos adversários se prepararam em primeiro lugar para nos anular, fazendo forte marcação em nossos jogadores de meio de campo. Contra a Alemanha foi diferente, já que era uma equipe que atacava, e com isso tivemos mais espaços para mostrar nosso futebol”, disse.
Sobre o duelo decisivo contra a Holanda, Villa afirmou que o fato de a Espanha ter chegado à final não era suficiente para deixar os jogadores da ‘Fúria’ satisfeitos.
“Havia muita pressão porque parecia que, para a imprensa, já éramos campeões antes de jogar. A Espanha nunca havia sido campeã, e se perdêssemos, nosso esforço não teria servido. Encaramos aquele jogo como o mais importante de nossas vidas, no qual só a vitória interessava”, lembrou.
“É preciso louvar a forma como a Espanha ganhou a Copa. Não mudamos nosso estilo contra nenhuma equipe. No entanto, a Holanda chegou à final e mudou sua forma de jogar. Não é bom para o futebol”, finalizou.